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Moro diz que não fez compromisso com Bolsonaro para aceitar cargo

(DO UOL) – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou hoje que não estabeleceu nenhuma condição para aceitar o convite do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para assumir um cargo em seu governo. Sem citar sua possível indicação para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), Moro lembrou das conversas para sua adesão ao governo e disse que sua ida à pasta ocorreu por conta de “uma convergência de pautas”. “Não estabeleci nenhuma condição aceitar o convite”, afirmou Moro, em palestra realizada em Curitiba, nesta manhã.

“Ele [Bolsonaro] foi eleito. Ele assumiu o convite publicamente [para que eu assumisse o ministério]. Eu fui até a casa dele no Rio de Janeiro. Nós conversamos e eu não estabeleci nenhuma condição. O que falei com o presidente é que quero trabalhar contra a corrupção, crime organizado e crime violento. Houve uma convergência de pautas”, disse o ministro. Antes do evento, Moro falou que se sentia honrado pela fala do presidente. “Mas não tem a vaga [no STF] no momento”, declarou em entrevista à Rádio Jovem Pan.

INDICAÇÃO PARA STF

As declarações foram dadas um dia depois de Bolsonaro ter afirmado que o ex-juiz federal será indicado para ocupar uma vaga no STF assim que uma posição for aberta. A expectativa é que essa vaga surja com no ano que vem, quando o decano da Corte, ministro Celso de Mello, deve se aposentar. Bolsonaro falou sobre a indicação de Moro ao STF em entrevista à rádio Bandeirantes. “A primeira vaga que tiver, eu tenho esse compromisso com o Moro [de indicá-lo]”, disse Bolsonaro. “Fiz um compromisso com ele porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura.”

Em sua palestra, ele disse que não faria sentido assumir o ministério já pensando em condições futuras. “Não vou receber um convite estabelecendo condições sobre o futuro, que não se pode controlar”, afirmou ele.

COAF NA JUSTIÇA

Em sua palestra, ele também defendeu a permanência do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sob seu comando, no Ministério da Justiça. Segundo ele, em 20 anos de existência, o Coaf teve sua importância negligenciada no Ministério da Fazenda, hoje Ministério da Economia. Moro disse que, desde que o Coaf foi transferido ao Ministério da Justiça, o número de servidores já aumentou de 37 para 55. A expectativa é que chegue a 65.

No mesmo evento, o presidente do Coaf, Roberto Leonel, também defendeu que o órgão permaneça sob a guarda do Ministério da Justiça.

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