Esportes

Ministro defende Estado mais forte no controle da gestão do futebol

(Crédito: EFE/Sebastião Moreira)

Diante da crise enfrentada pelo futebol brasileiro por conta do vexame da goleada sofrida pela seleção na Copa, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, defendeu uma maior intervenção do Estado brasileiro no esporte. Afirmou que vai discutir isso em legislação que está no Congresso. A questão é que, em nenhum momento, ele falou em botar a CBF sujeita a uma maior regulamentação por parte do governo.

“A Lei Pelé estabeleceu que o esporte é uma coisa privada. E isso só pode ser modificado se a legislação for modificada. Já disse que se dependesse de mim não tinha tirado completamente o Estado dessa atribuição. E, se depender de mim, uma parte dessa atribuição pode voltar. Repetindo que não é atribuição do governo nomear presidente de clube e de confederação. Agora, não pode o Estado ser excluído da competência de zelar dentro do esporte pelo interesse público dentro do esporte”, afirmou o ministro Aldo Rebelo.

A principal aposta do governo é a legislação para renegociar todas as dívidas dos clubes e incluir em um novo programa de refinanciamento. Dentro desse pacote, estão incluídas medidas reguladoras e punitivas, como rebaixamento, e responsabilização dos dirigentes. Repita-se: dentro deste contexto, a CBF não está incluída.

Questionado se o Congresso poderia influenciar para incluir a confederação na lei, o ministro disse que o Estado pode ajudar, mas também pode atrapalhar. Além disso, o Ministério do Esporte tem investido em campos de futebol e no futebol feminino, áreas que, em outros países, são responsabilidade justamente da federação nacional. “Nós só assumimos responsabilidades e atribuição de interesse público e nacional. Não só do futebol feminino, nos CTs”, disse Rebelo.

Mas ele se esquivou quando questionado se o governo apoiaria uma CPI para investigar a CBF, que é pedida pelo deputado federal Romário. O parlamentar fez duras críticas ao governo por não atuar mais firme com a confederação. “CPIs têm que ser construídas no Congresso, com apoio dos outros parlamentares”, rebateu o ministro. “O deputado Romário pode tornar públicas todas as propostas que ele levou ao ministério relacionadas ao esporte. Não houve nenhuma proposta.”

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