Policia

Militares protestam contra pacote que limita teto de gastos

IPATINGA – Policiais militares participaram de um manifesto na tarde desta segunda (19). Eles se concentraram na porta do 14º Batalhão da Polícia Militar e seguiram em direção à Praça 1º de Maio, no Centro da cidade, onde continuaram o movimento. Eles protestaram contra o projeto de lei que prevê regras para a renegociação da dívida dos estados com a União, que tem como consequência o congelamento de salários, promoções e recrutamentos de policiais. A proposta tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

PACOTE DA MALDADE
Para o Sargento Nilson, porta voz dos manifestantes, o projeto representa não só um retrocesso para a Polícia Militar e sociedade, mas também um “pacote de maldade” contra a categoria. “A classe está mobilizada para que o governo não venha simplesmente acabar com os direitos que conquistamos com muita luta e com sangue derramado de colegas nossos”, disse.

O projeto foi aprovado pelo Senado na semana passada e está sendo apreciado pelos deputados mineiros. Se aprovado, os estados ficam limitados a gastarem apenas o teto do índice inflacionário nos próximos dois anos. A assinatura da renegociação também adiciona penas aos chefes do executivo caso descumpram com o que assinaram no que se refere aos gastos, com novas adições à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Os policiais já sinalizaram que se o projeto for aprovado haverá paralisação. “Se esse projeto passar existe possibilidade real da Polícia Militar cruzar os braços. E se houver uma paralisação da PM o prejuízo será grande para todo mundo e nós não queremos isso”, finalizou o Sargento Nilson.

GREVE
Embora a Associação dos Militares Estaduais de Minas Gerais (Amem) tenha decretado greve da Polícia Militar, até o início da noite de ontem não havia nenhuma ordem do Comandante Geral Marco Antonio Badaró Bianccini para que os militares cruzassem os braços. “Existe um canal de comunicação aberto entre o governador do Estado e o comandante para conversações. Por enquanto ainda não existe nenhuma ordem para a polícia parar. Estamos trabalhando normalmente”, disse o assessor de comunicação da 12ª Região da PM que abrange o Vale do Aço, Major Miguel.

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