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Mais um vôo da humilhação com deportados dos EUA chega a Confins; governo lava as mãos

Cabisbaixos e tentando esconder o rosto como se fossem criminosos, muitos chorando e, principalmente, se sentindo humilhados, mais de uma centena de imigrantes deportados depois de frustrada tentativa de entrar clandestinamente nos EUA, desembarcou em Confins. O avião pousou as 23h40 de sexta-feira no aeroporto de Confins, a 37 km de Belo Horizonte. A maioria dos deportados veio do estado do Texas, na fronteira com o México. Em janeiro chegou um primeiro voo de deportados que alegaram ter tido os pés e mãos algemados. Os passageiros do voo desta sexta-feira disseram não ter sido algemados. O presidente Jair Bolsonaro, em sua postura de subserviência aos EUA e ao presidente Trump, havia criticado o tratamento dado ao brasileiros expatriados do primeiro voo, mas depois voltou atrás e disse que não iria interferir no modo como Trump tratava os imigrante brasileiros. Na contramão do tratamento dispensado aos brasileiros pelos EUA, num ato de bajulação desnecessária liberou o visto para americanos e aproveitou para lhes presentear com a Base de Alcântara.

Entre os deportados, a maioria era de mineiros, grande parte de Governador Valadares e outras cidades do Leste mineiro. Mas também havia passageiros de outros estados mais distantes, como Rondônia, que tinham como se deslocar até suas cidades.

O principal problema dos recém-chegados ao Brasil é a falta de recursos par se dirigirem as suas cidades de origem, já que grande parte deles estava detida em presídios na fronteira México-EUA e estão sem recursos.

Inicialmente, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o Itamaraty havia informado que 130 brasileiros estariam no voo que chegou a Confins. No aeroporto, porém, o número de pessoas que deixou a área de desembarque parecia menor. Nem a Polícia Federal nem o Itamaraty souberam precisar qual seria o número final.

Depois do desembarque de um grupo de americanos, com bagagens – seguranças, segundo um funcionário do aeroporto que não quis se identificar – os brasileiros vieram, carregando apenas sacos plásticos onde se viam passaportes, celulares e fones de ouvido.

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