Policia

Mãe que jogou bebê na lixeira de faculdade arquitetou crime, diz PC

(Reprodução)

IPATINGA –
Uma estudante de Fisioterapia vai responder na Justiça pela morte de um recém-nascido em novembro do ano passado. Alicia Lalau Souza, 19 anos, confessou à polícia ter dado à luz uma criança e depois foi ao Campus do Unileste em Ipatinga e jogou o bebê na lixeira de um banheiro feminino do bloco C.
O feto, já com nove meses, estava dentro de uma sacola de supermercado amarrada. Uma funcionária da instituição entrou no banheiro para limpar e encontrou o saco plástico com mau cheiro. Ao abrir a sacola, foi encontrado o feto, já sem vida.

Imagens das câmeras de segurança mostram uma mulher entrando nas dependências da instituição de ensino com uma bolsa cheia. Após quatro minutos, ela saiu com a bolsa vazia. Segundo o delegado de polícia, Eduardo Vinícius Carvalho, esta foi uma das provas que auxiliou as investigações da polícia. Alicia foi presa na faculdade durante o período de aulas.

“A polícia não trabalha com a hipótese de aborto porque a necropsia no corpo constatou que o bebê viveu entre 24 e 48 horas. E também, a conduta dela é completamente incompatível com a de infanticídio, ou seja, quando a mulher é tomada de uma emoção tão forte que faz com ela mate o próprio filho. Ela planejou tudo isso”, esclareceu o delegado.

DESPESA
No depoimento, Alicia justificou que abandonou a criança porque ela iria dar muito trabalho e despesas e que isso iria atrapalhar a faculdade. Ela disse ainda que teve o bebê no Naque, onde mora, e depois colocou o recém-nascido na sacola e esperou o melhor momento para deixá-lo em Ipatinga.
“A possibilidade de ele ter sido morto por sufocamento é muito forte. Porque ele nasceu vivo e sobreviveu por mais de 24 horas, comprovado pela perícia. Isso obviamente eleva a gravidade do crime a patamares incompreensíveis para gente”, considerou o policial.

LIBERDADE
Alicia responde pelo crime em liberdade porque não houve flagrante, não apresentava antecedentes criminais, não fugiu e ainda confessou o crime. “Mas isso não impede que a prisão preventiva seja decretada pelo Poder Judiciário, a depender da fundamentação que o Ministério Público apresentar”, explicou.

Ainda conforme o delegado, a jovem não apresenta nenhum distúrbio mental. “Eu interroguei familiares e alunos, sendo que nenhum deles pôde apontar qualquer comportamento anormal do ponto de vista psicológico. Uma pessoa que tem um distúrbio mental não tem a capacidade de arquitetar um fato como este”.

A polícia não conseguiu descobrir quem é o pai do bebê, porque Alicia não apontou nenhum nome. O delegado disse também que os familiares da jovem não sabia que ela estava grávida. Alicia disse que usou roupas largas, colocou faixas na barriga e evitou sair de casa.


Para o delegado de polícia Eduardo Carvalho, Alicia não apresenta distúrbio psicológico

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