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Lula é doutor honoris causa no Rio de Janeiro

Dilma, durante outorga de título de Doutor Honoris Causa das universidades públicas fluminenses ao ex-presidente Lula (Foto:Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

 

RIO DE JANEIRO – A solenidade de entrega do título de doutor honoris causa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelas cinco universidades públicas do Rio de Janeiro foi marcada ontem (4) por homenagens entusiasmadas e manifestações de apoio por parte da plateia formada por estudantes, representantes do meio acadêmico e políticos. O evento, que aconteceu no Teatro João Caetano, no centro da cidade, contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff. Entre os discursos, a presidenta ouviu cobrança pela consolidação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e um inesperado pedido de veto ao novo Código Florestal.
O ex-presidente Lula dedicou o título que recebeu das universidades a todos os que contribuem “com sua inteligência e esforço” para melhorar a qualidade da educação no Brasil, “dando esperança a milhões de jovens e construindo um país mais justo e solidário”.
Em seu discurso, Lula citou alguns programas implementados pelo governo federal para ampliar o acesso de jovens ao ensino superior, como o Programa Universidade para Todos (ProUni), que, segundo ele, possibilitou a entrada de mais um milhão de jovens de baixa renda em universidades.
“Os alunos do ProUni têm se destacado em quase todas as áreas liderando exames do MEC [Ministério da Educação]. Bastou uma chance e a juventude refutou com firmeza o mito elitista de que a qualidade é incompatível com a ampliação de oportunidades”, ressaltou.
O reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto de Souza Salles, cobrou, durante seu discurso, a consolidação do Reuni, instituído em 2007 pelo governo federal, e aumento salarial para o magistério.
“Não podemos aceitar que nem o mínimo para professores da rede pública, previsto no Fundeb [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação], de R$ 1.400, não esteja sendo acatado pelos governos dos estados e municípios. Além disso, é inaceitável que um professor titular [de nível superior] em final de carreira, com regime de dedicação exclusiva, ganhe em torno de R$ 11 mil, enquanto um advogado da União ou um auditor fiscal recebe como salário inicial R$ 14 mil”, disse.
Salles acrescentou que para alcançar essas metas é fundamental que haja o repasse de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação até 2020.
Mestre de cerimônia do evento, a atriz Camila Pitanga quebrou o protocolo e pediu à presidenta Dilma que vete o Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional. “Eu vou quebrar o protocolo por um instante só para fazer um pedido: Veta, Dilma”, disse.
A presidenta acenou e sorriu para a atriz.

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