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Lula compara ações de Israel ao terrorismo do Hamas

Após operação de resgate em Gaza, presidente sobe o tom contra ataques indiscriminados a alvos palestinos

BRASÍLIA – O presidente Lula (PT) subiu o tom e afirmou hoje que as ações de Israel no conflito em Gaza são “tão graves” quanto o ato terrorista do Hamas no início de outubro. A declaração foi feita durante a assinatura do Projeto de Lei que amplia as cotas em universidades.

As críticas se dão após o governo brasileiro finalmente conseguir retirar o grupo de 32 brasileiros da Faixa de Gaza, após semanas de negociação. Segundo Lula, a ação dependia “da boa vontade de Israel”.

Mais de 11 mil pessoas já morreram na guerra que começou em 7 de outubro, quando o Hamas fez um ataque surpresa que matou 1.200 pessoas, principalmente civis, e sequestrou outras cem em Israel.

MORTE DE INOCENTES

“A quantidade de mulheres e crianças que já morreram, de crianças desaparecidas, a gente não tem conhecimento em outra guerra. Depois do ato de terrorismo do Hamas, a solução do Estado de Israel é tão grave quanto foi o ato do Hamas, porque eles estão matando inocentes sem nenhum critério”, disse o presidente.

Lula tem sido uma das principais vozes internacionais a pedir por um cessar-fogo para a retirada de civis do local. Na proposta brasileira enviada ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), vetada pelos Estados Unidos, o Brasil propunha ainda a criação de um corredor humanitário para a saída de pessoas.

Israel “joga bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto de que um terrorista está lá, não tem explicação”, disse Lula. “Primeiro, vamos salvar as crianças, as mulheres, aí depois faz a briga por quem quiser fazer.”

REPATRIAÇÃO

Ele comemorou o sucesso da operação de repatriação dos brasileiros que estavam retidos em Gaza. Depois de um impasse que já durava mais de um mês, grupo já está no avião e deve pousar na noite de hoje em Brasília.

“Dependia da boa vontade de Israel, de uma quantidade de pessoas que a gente nem sabia. Agora, vamos ver se ainda tem gente na Cisjordânia que queira vir. […] Nós não vamos deixar nenhum brasileiro ou brasileira lá se ele quiser voltar. Nós vamos ter que encontrar soluções para trazer. Hoje é um dia de festa”, celebrou o presidente.

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