Cidades

LIRAa mostra números mais positivos sobre o Aedes aegypti em Ipatinga

Riscos de doenças ainda são preocupantes, mas infestação média cai de 4,5% para 2%

 

IPATINGA – Como resultado de intenso trabalho desenvolvido nos últimos meses para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti em Ipatinga, a Secretaria Municipal de Saúde constatou redução significativa do índice de Infestação Predial (IIP). O resultado foi divulgado nesta terça-feira (14). O 3º Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 6 e 10 de agosto, aponta que o transmissor da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela está presente em 2% dos imóveis visitados. Na última sondagem, realizada em abril, o índice era de 4,5%. O risco de transmissão das arboviroses é classificado como de nível médio, ainda acima do máximo preconizado pelo Ministério da Saúde, que é de 1%, requerendo a atenção e o cuidado de todos.

Dos 4.122 imóveis programados para apuração do LIRAa os Agentes de Controle de Endemias (ACE) inspecionaram 4.101. Além de residências, foram visitados estabelecimentos comerciais e terrenos baldios. A checagem só não foi feita em 21 imóveis por estarem fechados e inacessíveis.

INFESTAÇÃO

A situação mais preocupante foi constatada nos bairros Bom Jardim, Ferroviários, Horto, área Industrial e Usipa, com índice de infestação de 3,7%. O bairro Canaã aparece em 2º lugar. Os focos encontrados estão em 2,7% dos imóveis. Em seguida vem o bairro Vila Celeste, onde o índice é de 2,5%.

“No LIRAa anterior, realizado em abril, nós estávamos com 4,5% de infestação larvária, um alto risco de epidemia para Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. Agora, a situação de Ipatinga é de médio risco, mas não significa que estamos tranquilos. Vamos intensificar as ações e mobilizar a comunidade nas áreas de maior incidência para baixar ainda mais o índice. Assim, quando chegar o verão, teremos um indicador abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde”, projeta Fernando Anacleto, gerente do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

CRIADOUROS

Durante a apuração foi observado que os principais criadouros do mosquito Aedes aegypti são vasos, pratos e bebedouros de animais (48,9%), seguidos de depósitos de água como barris, tambores, tanques e poços (22,2%). Muitos focos aparecem ainda em borracharias, nas calhas e lajes (20%).

Uma novidade no último LIRAa é que nos locais onde comumente são encontrados os focos, como lixo e pneus, os agentes não localizaram o hospedeiro. “É resultado de uma ação intensa da Administração em retirar todo o entulho da cidade e aplicar o fumcê. A prefeitura faz a parte dela, mas precisamos que a população nos ajude, porque o maior índice do foco é doméstico. Então, é primordial que o munícipe seja um agente de combate ao mosquito transmissor”, orienta Fernando.

A limpeza é parte de uma série de providências tomadas pelo setor de Vigilância Epidemiológica – que conta também com o trabalho dos Agentes de Combate a Endemias (ACE) – para conter o avanço das arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika Vírus) transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Várias dessas ações foram realizadas nos locais que apresentaram índice elevado de infestação.

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