Cidades

Ley do Trânsito se reúne com diretoria do Projeto Videiras

IPATINGA – Membros da diretoria do Projeto Videiras se reuniram com o presidente da Câmara Municipal de Ipatinga, vereador Ley do Trânsito (PSD), para discutir questões relativas aos serviços prestados pela entidade. O encontro aconteceu no gabinete da presidência, a convite do parlamentar.

Segundo Ley, o objetivo foi promover um debate sadio com os dirigentes da instituição, que hoje é a responsável pelo trabalho de acolhimento dos moradores de rua e dos migrantes que estão em trânsito na cidade, para tomar conhecimento de todos os detalhes que envolvem o processo de atendimento à população em condição de vulnerabilidade social.

SEXO NA RUA
“Foi uma ótima oportunidade para conhecermos detalhes dos trabalhos realizados e das dificuldades enfrentadas pela instituição. Uma destas dificuldades, e que foi amplamente debatida no encontro, é quanto aos moradores de rua que são impedidos de entrar na sede do Videiras, por não atenderem às regras da instituição. Eles ficam nas imediações, fazendo necessidades fisiológicas e até sexo nas ruas”.

De acordo com Ley, este fato foi objeto de reclamação de representantes dos despachantes que têm escritórios na rua Santa Bárbara, no Centro, onde também fica a sede do Videiras. “No início de fevereiro fui procurado por representantes dos despachantes, que vieram pedir nosso apoio no sentido de resolver a situação dos moradores de rua que se aglomeram na parte externa do Projeto Videiras, e no local fazem de tudo, desde necessidades fisiológicas até sexo explícito nas calçadas. A reclamação me chamou a atenção e causou preocupação. Foi então que resolvi convidar a diretoria do Projeto Videiras e o presidente do Consep do Centro da cidade, Gerson Paulino, para este encontro, para juntos avaliarmos a situação.”

REGRAS
O presidente do Projeto Videiras, Paulo Cesar, fez uma ampla explanação das atividades desenvolvidas e das dificuldades enfrentadas pela entidade, principalmente em relação à questão da segurança, tanto dos funcionários quanto da comunidade do entorno.

“No Projeto existem regras para serem cumpridas. Aqueles moradores de rua ou migrantes que não se enquadram nas regras não são acolhidos na entidade. Então, muitos deles decidem permanecer do lado de fora, causando inúmeros problemas para os vizinhos e até mesmo ameaçando os funcionários do Projeto. Já tentamos solucionar a situação, solicitando à Prefeitura recursos para contratação de guarda armada para a instituição, mas infelizmente não fomos atendidos”.

ESTRUTURA
O Projeto Videiras, que tem convênio com a administração municipal para realizar os atendimentos aos moradores de rua e aos migrantes (serviço este que anteriormente era realizado no albergue municipal, hoje desativado), conta com 17 funcionários. São duas assistentes sociais, um psicólogo, um coordenador e 13 administrativos.

A entidade tem capacidade para abrigar, com direito a pernoite, até 50 pessoas, entre moradores de rua e migrantes. De acordo com a assistente social Débora Teixeira, diariamente são acolhidos uma média de 45 moradores de rua e cinco migrantes. O serviço de triagem para o pernoite tem início às 17h e se encerra às 20h30.

“Foi um encontro extremamente proveitoso. Diante de tudo que conversamos aqui, decidimos que o próximo passo será promovermos um debate mais amplo, com todos os atores desta complexa situação. Iremos convidar para esta discussão o comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, um representante da Polícia Civil, do Ministério Público, Defensoria Pública, Prefeitura, Consep, comerciantes e representantes de moradores da área central da cidade. Acredito que só assim poderemos avançar de forma consistente para uma solução mais adequada para esta situação tão melindrosa”, sentenciou Ley do Trânsito.

Participaram do encontro desta quinta-feira o presidente do Consep do Centro, Gerson Paulino, e os diretores do Projeto Videiras, Paulo Cesar, Ednaldo Felipe, Débora Teixeira e Sidnéia Silva.

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