Policia

Justiça de BH remarca júri do soldado Victor

BELO HORIZONTE – A Justiça de Belo Horizonte remarcou o julgamento do soldado Victor Emmanuel Miranda de Andrade em um dos casos de homicídio pelo qual o militar responde. A sessão do Tribunal do Júri deverá acontecer no dia 6 de julho deste ano, a partir de 9h.

O PM será julgado pelo assassinato de Cleidson Mendes Nascimento, o “Cabeça”, de 26 anos. O rapaz foi morto a tiros em 2011, no bairro Canaãzinho. Ele era testemunha ocular de um caso investigado no inquérito policial sobre a morte do comerciante Ricardo de Souza Garito, assassinado a tiros em 2007 no mesmo bairro, no qual Victor também estaria envolvido.

SUSPENSO

Por este crime, o soldado já deveria ter sido julgado no mês passado. No entanto, a Promotoria de Justiça pediu a suspensão do julgamento alegando que a presença da mãe da vítima durante o júri é fundamental. Desde 2013, ela está no Programa de Proteção a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita).

As ameaças contra a família de Cleidson teriam começado antes da primeira audiência judicial de seu assassinato e, por isso, a sessão chegou a ser cancelada. À época, a mãe do rapaz chegou a afirmar no Fórum de Ipatinga que policiais militares, amigos do soldado Victor, iriam matar o outro filho, conhecido pelo apelido de “Profeta”. Na ocasião, ele testemunharia contra o soldado Victor.

No dia, a mulher fez uma representação junto ao Ministério Público (MP) informando as ameaças e coações por parte de PMs. Após o episódio, a mãe e o irmão de Cleidson foram incluídos no programa de proteção, mas “Profeta” recusou a ajuda. Em maio de 2014, ele foi assassinado. Até hoje a morte de “Profeta” ainda não foi esclarecida.

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