Policia

Irmão de policial assassinado é preso por força-tarefa da PC

Irmão de Amarildo é colocado em viatura por policiais civis; ele foi levado para o Ceresp de Ipatinga

IPATINGA – Uma força tarefa da Polícia Civil composta por 50 policiais esteve nesta quarta-feira (8) no Vale do Aço para o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão que foram expedidos pela justiça na última terça e que tinham relação com 14 crimes ocorridos na região, entre eles as execuções dos repórteres Rodrigo Neto, no dia oito de março, e Walgney Carvalho, em 14 de abril.
A equipe de agentes se deslocou de Belo Horizonte para Ipatinga durante a madrugada e iniciou as operações de cumprimento dos mandados de prisão, busca e apreensão logo nas primeiras horas da manhã. Os veículos movimentaram a porta da sede do 12º Departamento de Polícia Civil, no bairro Iguaçu, onde também era grande a movimentação no interior da unidade.

ESTRUTURA
As ações de cumprimento dos mandados foram coordenadas pelo chefe do Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Wagner Pinto. No entanto, ele não quis dar maiores detalhes sobre as prisões, sob alegação de que poderia atrapalhar os trabalhos, que vêm ocorrendo em sigilo.
Sob o comando de Wagner Pinto, 50 policiais civis iniciaram o cumprimento dos mandados em Ipatinga e em Santana do Paraíso. A operação, segundo o delegado, consolida uma nova etapa da investigação sob responsabilidade do (DHPP) e que envolve a participação direta de mais quatro delegados, além de investigadores e escrivães.

PRISÕES
Três homens foram presos, mas nenhum deles possui, a princípio, ligação com os crimes investigados. As prisões foram por porte ilegal de arma e munição. Joaquim Pereira de Souza, 43 anos, foi preso em Ipatinga. Ele é reincidente nesse tipo crime, assim como Ailton Barbosa da Silva, 32 anos. Os dois presos não terão direito a pagar fiança e estão à disposição da Justiça. Chinaider Ferreira, 29, o outro suspeito flagrado com arma e sem autorização legal, pagou fiança e pode ser solto porque é réu primário. Chinaider Ferreira e Ailton Barbosa foram presos no município de Santana do Paraíso.

Além das prisões, a operação resultou em cinco armas apreendidas – duas espingardas e três revólveres calibre 38 – e em munições recolhidas. De acordo com a PC, também surgiram novas informações capazes de ajudar nas investigações dos 14 crimes. Joaquim e Ailton foram levados ao Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) de Ipatinga. Dos 50 civis mobilizados em Ipatinga, 35 retornaram ainda ontem à capital mineira.

CABO AMARILDO

O preso Joaquim Pereira de Souza é irmão do cabo da Polícia Militar Amarildo Pereira de Moura, morto em 8 de fevereiro deste ano, em Santana do Paraíso. Amarildo foi assassinado com sete tiros em uma região afastada da cidade. Os principais suspeitos do assassinato foram presos. São eles: Wesley Neves Santos, Daniel Wattson Costa e Wesley Cândido Drummond. Entretanto, dois dias antes do último envolvido, Daniel, ser preso, seu pai, Sebastião Ludovino de Siqueira, de 66 anos, foi assassinado a tiros de maneira misteriosa: alguém o chamou pelo nome em seu portão e atirou contra ele, que não resistiu aos ferimentos e morreu. O caso da morte do pai de Daniel é um dos crimes investigados pela força-tarefa da Polícia Civil.

PANORAMA
Com as prisões desta quarta-feira, a equipe da Polícia Civil de Belo Horizonte totaliza nove pessoas presas em virtude das investigações. Seis policiais, sendo um militar e cinco civis, já haviam sido presos temporariamente por suspeitas de envolvimento em crimes. Um dos presos, porém, foi solto a pedido da própria Polícia Civil.

De acordo com a assessoria da instituição, os inquéritos já somam mais de 500 páginas e cerca de 50 pessoas, entre testemunhas e suspeitos, já foram ouvidas. Uma delas, que já morou em Ipatinga, prestou depoimento fora do Estado. Para o delegado Wagner Pinto, a operação de ontem foi “muito proveitosa”. Segundo ele, o objetivo era coletar provas do envolvimento de pessoas suspeitas dos crimes e, por isso, o cumprimento dos mandados de busca e apreensão representou “uma etapa muito importante para o avanço dos inquéritos”, ressaltou.


O chefe do DHIPP, Wagner Pinto, classificou operação como
“muito proveitosa”

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