Cidades

Ipatinga quer democratizar e qualificar serviços de saúde

Secom PMI

IPATINGA – Garantir a valorização e qualificação dos profissionais e o combate à precarização das relações de trabalho (PL 4.330/2014). Promover a capacitação e educação continuada de representantes de instâncias de controle social do SUS, sobre serviços e ações de promoção à saúde, e a aplicação mínima de 10% das receitas correntes brutas da União em saúde. Efetivar a política nacional de humanização do SUS para todos equipamentos e fortalecer as indústrias oficiais em nível estadual para a produção de insumos (medicamentos, vacinas, materiais e equipamentos de saúde).

Estas são algumas diretrizes definidas pela população durante a 1ª Plenária Municipal de Saúde, realizada no último final de semana. As propostas serão apresentadas na 8ª Conferência Estadual e na 15ª Conferência Nacional de Saúde, programadas para setembro e dezembro, respectivamente. Promovido pela Prefeitura de Ipatinga e Conselho Municipal de Saúde, o encontro reuniu representantes de usuários do SUS, trabalhadores da área, prestadores de serviços e da Administração Municipal.

REESTRUTURAÇÃO

“O município trabalha na fixação e recomposição de equipes, melhorias na infraestrutura física e mantém os investimentos, acima do mínimo 15% preconizado pela legislação”, argumentou o secretário Eduardo Penna, pontuando também as conquistas e os projetos em andamento.

Dentre os compromissos assumidos e efetivados pela atual Administração Municipal estão: recomposição e ampliação para 40 equipes do Programa de Saúde da Família (PSF); implantação de duas novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) nos bairros Parque das Águas/Planalto e Caravelas; construção e manutenção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 Horas), com mais de 300 pessoas atendidas diariamente.

Já sobre os projetos e novos investimentos em andamento, Eduardo Penna destacou a reforma completa da Policlínica Municipal; reforma e obras de conclusão do Hospital Municipal de Ipatinga e construção de cinco novas Unidades Básicas de Saúde, dentre outros.

PRESENÇAS
Estiveram presentes na Plenária Municipal de Saúde o superintendente Regional de Saúde (SRS-MG), Wagner José Barbalho, a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Gisele Coutinho, os vereadores Juarez Pires e Lene Teixeira, que é presidente da Comissão de Saúde Pública, Trabalho e Bem Estar Social do Legislativo, e lideranças comunitárias.

Delegados eleitos

Durante a 1ª Plenária Municipal de Saúde foram eleitos os delegados titulares e suplentes do município para a etapa estadual. São 16 representantes, sendo oito cadeiras preenchidas pelos usuários da rede municipal de Saúde (Ailton Idalino de Souza, Generaldo José Soares, Geraldo Euzébio Soares, Helenir de Lima Moura de Jesus, José Niuton de Alvarenga Lage, Maria José de Souza, Valdair Rodrigues dos Santos,e Vânia Ferreira Dias Coelho de Faria). Para representantes dos trabalhadores da área foram indicados Dalvanira Gregório de Araújo, Geraldo Campos dos Santos, Gisele Coutinho Brandão e João Batista Silveira Neto. Os representantes do poder público serão indicados pelo governo municipal em breve.

Pesquisa nacional do SUS

O desafio de garantir o acesso do cidadão aos serviços de saúde pública com qualidade esteve no centro das discussões da 1ª Plenária Municipal de Saúde. O assunto foi detalhado pela superintendente de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Maria Aparecida Turci, no encontro em Ipatinga.

Divulgado no início deste mês, o estudo realizado em parceria com a Fiocruz aponta que três a cada quatro brasileiros (71%) têm os serviços públicos de saúde como referência. Destes, 47,9% buscam a Unidade Básica de Saúde e um terço da população (33,2%) obtêm medicamentos no serviço público. Sobre as internações, 65,7% das pessoas internadas foram atendidas pelo SUS. Outro dado importante é que a grande maioria da população, 97% dos entrevistados pela pesquisa, afirmaram ter conseguido atendimento e 95,3% foram atendidos na primeira vez em que buscam o serviço.

“A pesquisa mostra que o problema não está no acesso, já que a grande maioria consegue atendimento quando precisa. Embora o estudo não avalie a qualidade do atendimento, a percepção sobre o SUS ainda é negativa. Em grande parte essa ‘onda’ de reclamação vem de pessoas que não utilizam os serviços ou desconhece os fluxos. Mas também aponta para o desafio permanente que é a qualificação dos atendimentos ofertados”, destacou a profissional.

“Daí a importância da participação popular, como acontece nessa plenária em Ipatinga, para conhecer e buscar soluções conjuntas para melhoria do SUS”, completou.

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