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Ipatinga pode chegar a 200 mil eleitores nos próximos oito anos

(DA REDAÇÃO) – O comportamento político em Ipatinga pode mudar significativamente nas eleições de 2024, se o crescimento do eleitorado continuar ocorrendo nas proporções atuais, devendo chegar aos 200 mil eleitores nos próximos 8 anos, o que implicaria em eleições com 2º turno.

Esta nova realidade no ambiente político do município irá, no mínimo, representar a necessidade de novas relações políticas em busca de alianças que possam assegurar a vitória com mais de 50% dos votos no 1º turno, novas estratégias e táticas eleitorais para a eventualidade do 2º turno e uma redefinição de forças para a disputa da hegemonia político-eleitoral na cidade.

Depois de 16 anos de domínio petista, Ipatinga experimentou a alternância com os governos de Sebastião Quintão (PMDB) e Robson Gomes (PPS), para voltar a ser administrada pelo PT em 2012, depois de dois governos que não tiveram a aprovação popular.

EVOLUÇÃO DO ELEITORADO
O eleitorado da Região Metropolitana do Vale do Aço (RMVA) cresceu cerca de 4% de 2010 para cá. O eleitorado de Ipatinga foi o que mais cresceu (7%), passando de 174,3 mil para 181,4 mil eleitores, seguido de Coronel Fabriciano (3,6%), Paraíso (1%) e Timóteo (0,7%). Chama atenção nos dados é que se Ipatinga mantiver esta mesma taxa de crescimento tem grande chance de passar de 200 mil eleitores muito em breve.

As quatro cidades juntas somam quase 340 mil eleitores em condições de voto.
Em 2016, no Leste de Minas, a cidade de Governador Valadares já terá eleições em 2º turno. Atualmente a cidade tem 201.709 eleitores, ante os 194.113, de 2010.

As demais cidades do Vale do Aço, a menos que haja alguma mudança na legislação eleitoral, estão longe do 2º turno. Coronel Fabriciano passou de 76.731 em 2010, para 79.778 em 2014, Santana do Paraíso de 14.414 para 16.971 e Timóteo de 58.064 para 59.987.

MUDANÇAS

Em Ipatinga, o surgimento de novas lideranças e o realinhamento das forças políticas na cidade, possivelmente a partir das próximas eleições, vai estabelecer um novo patamar de governabilidade. O diálogo, as negociações e o entendimento terão que estar na pauta de quem quiser administrar sem muitas turbulências, ao contrário do que ocorre atualmente, quando os mandatários, à direita, à esquerda ou ao centro, não observam com tanta acuidade estes preceitos, uma vez que a eleição majoritária costuma assegurar a hegemonia e, com ela, a governabilidade. Com o 2º turno, a divisão tende a se acentuar, alterando o comportamento do eleitorado e também o dos políticos.

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