Cidades

Ipatinga debate evolução do SUAS

IPATINGA – Mais de 300 representantes de entidades socioassistenciais, trabalhadores e usuários do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) de Ipatinga participaram da 11ª Conferência Municipal de Assistência Social, nesta segunda-feira (13/07), no auditório da Paróquia Cristo Libertador, no bairro Canaãzinho. O evento foi mobilizado pela Prefeitura de Ipatinga e pelo Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS).
Com o tema "Consolidar o SUAS de vez, rumo a 2026", a conferência municipal avaliou os dez anos de implementação do SUAS e a efetivação da garantia de direitos. Também elaborou prioridades do município para a construção do Plano Decenal da Assistência Social, conforme o lema: “Pacto Republicano no SUAS rumo a 2026: o SUAS que temos e o SUAS que queremos”.
Todo o evento foi simultaneamente interpretado em Libras pela intérprete Márcia Lage. A atração cultural da conferência ficou por conta dos moradores de rua, atendidos pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), com uma apresentação de percussão. O grupo foi coordenado pelo professor da rede municipal de ensino, Edvaldo Costa, e acompanhados pelo saxofonista Wanderson Franco.

MAIS INCLUSÃO

Na abertura, a prefeita de Ipatinga, Cecília Ferramenta, frisou a importância da conferência para fortalecer as políticas de Assistência Social implementadas no município desde 2013. “Assumimos este governo com o objetivo de tornar ‘Ipatinga inclusiva e de oportunidades’, como descreve um dos eixos do nosso programa de governo. Sabíamos que seria desafiador, mas não sabíamos que seria tão difícil. Pagamos dívidas com as entidades, retomamos programas sociais, recuperamos recursos perdidos e trabalhamos dia a dia para resgatar a dignidade daqueles que mais precisam”, reforçou a prefeita Cecília Ferramenta.
“Mesmo em um momento de recessão pelo qual estamos passando, quando perdemos somente nos últimos seis meses o total de R$ 13 milhões referente ao ICMS, temos trabalhado para potencializar os recursos próprios para manter as entidades socioassistenciais e investir nos serviços essenciais de limpeza urbana, saúde, educação. E precisamos da participação de todos para continuar cuidando da nossa cidade”, emendou a prefeita de Ipatinga, Cecília Ferramenta.

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LEGENDA: Simone Albuquerque salientou que o SUAS é a maior rede de proteção do mundo
CRÉDITO: Secom PMI


Avanços e desafios do SUAS

A presidente do Conselho Municipal de Assistência Social de Ipatinga, Elzeni Soares Lima, elogiou a presença da população usuária dos serviços de Assistência Social na conferência. “Convido a todos e, principalmente, os representantes das comunidades aqui presentes a buscar as respostas que a nossa população quer ouvir sobre o que ainda precisamos ter no SUAS”, destacou a presidente do CMAS.
Morador do bairro Limoeiro, atendido pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) – Território IV, Oséias de Oliveira, representou a população usuária do SUAS na mesa de debates da 11ª Conferência Municipal de Assistência Social. “Sem o CRAS nós não temos acesso aos nossos direitos. E, hoje, estamos aqui para trocar ideias e opiniões sobre os serviços e também para conseguirmos levar mais direitos aos que mais necessitam de ajuda”, expressou.
O debate foi iniciado pela subsecretária de Estado de Assistência Social da Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social e vice-presidente do Conselho Estadual de Assistência Social, Simone Albuquerque. A palestrante fez uma avaliação sobre os 10 anos de luta para implantação do Sistema Único de Assistência Social.

REDE AMPLA
“O SUAS é o maior sistema de proteção do mundo. Com a sua implantação, fizemos uma mudança radical na área de Assistência Social nos últimos 10 anos. A principal delas é o rompimento do assistencialismo, quando o serviço era prestado somente pelas entidades e por voluntários. Hoje, 10 anos depois, os governos federal, estadual e municipal participam da gestão do SUAS, temos mais de 400 mil trabalhadores na rede e mais de 10 mil unidades de referência, entre CRAS, CREAS e Centro POP. Então são muitos motivos para comemorar”, frisou Simone Albuquerque.
A subsecretária de Estado de Assistência Social também falou sobre a realidade de Minas Gerais no cenário de Assistência Social. “Assim como o Brasil inteiro, Minas avançou muito. Mas é preciso concordar que o estado foi ausente nas políticas do SUAS. Prova disso é que somente 6% dos 853 municípios mineiros receberam apoio técnico do estado em 2014. E mais de 650 cidades não possuem cobertura da proteção social especial”, detalhou a representante do governo no estado.

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