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Ipatinga contabiliza nove notificações de febre amarela

IPATINGA – Informações oficiais liberadas nesta quarta-feira (25) dão conta de que Ipatinga possui, atualmente, nove casos notificados como susceptíveis à febre amarela. Eles se referem a pacientes que, em seu histórico, visitaram zonas rurais de municípios considerados pela Secretaria de Estado da Saúde em surto da doença. Contudo, cinco desses pacientes já tiveram alta. Quatro seguem internados, com exames ainda em análise na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.
Quanto ao risco de animais infectados pela doença, três macacos mortos encontrados nos últimos dias, nos bairros Bom Retiro e Bethânia, com causas ainda desconhecidas, levam o município, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, à transição de área ampliada (em fronteira com outros municípios em risco) para área afetada. Entretanto, as carcaças ainda estão sendo examinadas.

PROCEDIMENTOS
As novas orientações sobre os procedimentos de vacinação contra a febre amarela, passadas pela Secretaria de Estado da Saúde na Nota Técnica 04/2017, foram revisadas numa longa reunião realizada nesta terça-feira (24), com a participação de mais de 70 médicos e enfermeiros da rede municipal de Saúde de Ipatinga. O encontro ocorreu no auditório do Hospital Municipal Elaine Martins. O evento serviu também para unificar os procedimentos com relação ao fluxo dos pacientes em casos suspeitos e de urgência.

OUTRAS FEBRES
A médica infectologista Carmelinda Lobato, palestrante no encontro, destacou a importância de se entender o momento epidemiológico que o município passa: “Ipatinga não está em surto de febre amarela. A cidade é classificada pela Secretaria de Estado da Saúde como área afetada. Como o município tem características favoráveis ao desenvolvimento da dengue, além de históricos de atendimento de febre maculosa (transmitida por carrapato) e leptospirose (urina de rato), os profissionais de Saúde devem estar atentos não só a quadros clínicos de febre amarela, mas também de outras febres hemorrágicas. É muito importante a priorização do atendimento aos casos clínicos que sugerem a doença, de pacientes que visitaram áreas em surto e com situação vacinal não confiável”, enfatizou.

BOX
Novas orientações para vacinação,
conforme a Nota Técnica 04/2017

• Viajantes em deslocamento para as áreas com recomendação de vacinação (ACRV) deverão se vacinar de acordo com as normas do Programa Nacional de Imunizações, pelo menos dez dias antes da viagem, no caso de primovacinação (primeira vez que a pessoa recebe a vacina). O prazo de dez dias não se aplica no caso de revacinação.

• Em crianças: 1 dose deve ser administrada aos 6 meses até 8 meses de idade, NÃO sendo considerada válida para rotina, devendo ser mantido o esquema vacinal aos 9 meses e aos 4 anos de idade. Observar o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

• Pessoas a partir de 5 anos até 59 anos de idade nas seguintes situações:
– Que receberam uma dose da vacina antes de completar 5 anos de idade: será administrado um reforço, com intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.
– Que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação: será administrada a primeira dose da vacina e um reforço após 10 anos.
– Que possuem uma dose após 5 anos de idade: será feito o reforço imediato, considerando dose válida (não é necessário aguardar o prazo de 10 anos da última dose). Respeitar o intervalo de 30 dias entre as doses.
– Que receberam duas doses da vacina: considerar vacinado.

• Pessoas com 60 anos e mais:
– Que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação: DEVEM receber uma dose como precaução e serem devidamente acompanhadas em relação aos eventos adversos pós-vacinação. Obs: esta regra é válida somente para primovacinados.
– Pessoas acima de 60 anos que já receberam uma dose da vacina anteriormente (em qualquer fase da vida) NÃO precisam de avaliação criteriosa para receberem a segunda dose.
– Que já possuem uma dose da vacina: aplicar mais uma dose de imediato (não é necessário aguardar o prazo de 10 anos da última dose). Respeitar o intervalo de 30 dias entre as doses.
– Que receberam duas doses da vacina: considerar vacinado.

• Gestantes:

– A vacinação deverá ser analisada caso a caso, através de avaliação médica e serem devidamente acompanhadas em relação aos eventos adversos durante todo o pré-natal e nascimento do bebê.

• Nutrizes ou lactantes:

– Em caso de mulheres que estejam amamentando crianças menores de seis meses de idade, a vacina deve ser evitada ou postergada. Na impossibilidade de adiar a vacinação, deve-se apresentar à mãe opções para evitar o risco de transmissão do vírus vacinal pelo aleitamento materno.
– Para crianças acima de seis meses, a mãe pode se vacinar normalmente e continuar a amamentação.

• Doadores de Sangue:

– Após a vacinação, é necessário aguardar 28 dias para realizar doação de sangue. É recomendável que o doador realize a doação antes de se vacinar.

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