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Indústria automobilística ganha incentivos fiscais

Mantega anuncia pacote de estímulo ao consumo: renúncia fiscal provocada pela redução do IPI deve ultrapassar R$ 1 bilhão   (Crédito: Agência Brasil)

 

BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou no fim da tarde de ontem (21) uma série de medidas para incentivar a indústria automobilística. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incide sobre automóveis e utilitários vai ser reduzido, assim como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para crédito a pessoas físicas.
No caso do IPI, para carros de até 1.000 cilindradas, a alíquota cai de 7% para zero. Para automóveis com motorização entre 1.000 e 2.000 cilindradas, o imposto cai de 11% para 6,5%. No caso dos utilitários, a redução é de 4% para 1%. Essas alíquotas valem para os automóveis bicombustível, fabricados no Brasil e no Mercosul, incluídos no Regime Automotivo.
A redução das alíquotas vai valer até o fim de agosto. Até lá, a renúncia fiscal provocada pela redução do IPI deve ultrapassar R$ 1 bilhão, segundo estimativa do governo.
Mantega também anunciou a queda do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) do crédito para pessoa física de 2,5% para 1,5%. A redução não tem prazo para acabar. Mantega estima que o governo deixará de arrecadar R$ 900 milhões nos próximos três meses com a medida.
O ministro informou que a indústria automobilística também vai oferecer uma contrapartida. As montadoras se comprometeram a dar descontos de 2,5% sobre os preços de tabela dos carros populares, com até 1.000 cilindradas. Para automóveis entre 1.000 e 2.000 cilindradas, o desconto será 1,5%. Os utilitários, por sua vez, serão vendidos com desconto de 1%. As indústrias também assumiram o compromisso de não demitir empregados.

Saiba mais sobre as medidas anunciadas

# O Banco Central vai liberar parte do chamado depósito compulsório – valor que as instituições têm que deixar depositadas – para financiamentos de veículos.

# Bancos públicos e privados se comprometeram a cortar juros, aumentar o volume de crédito e aumentar o número de parcelas em que os financiamentos são oferecidos.

# As montadoras prometeram ainda dar um desconto sobre o preço de tabela cobrado pelos veículos hoje – de 2,5% para carros de 1.000 cilindradas, 1,5% entre 1.000 e 2.000 e 1% para utilitários – e fazer promoções especiais. Além disso, o acordo prevê que o setor não poderá demitir trabalhadores.

# O ministro anunciou ainda a redução dos juros de financiamentos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

# Linhas para o pré-embarque terão taxas reduzidas de 9% ao ano para 8% e para o financiamento de ônibus e caminhões de 7,7% para 5,5%.

# Para a compra de máquinas equipamentos, os juros caem de 7,3% para 5,5% e para o financiamento de projetos de obras de 6,5% para 5,5% ao ano.

 

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