IPATINGA – No Hospital Márcio Cunha, o número de doadores de órgãos falecidos vem aumentando a cada ano, o que só ressalta a importância das campanhas de conscientização e o trabalho aplicado da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do HMC, de maneira efetiva.
A boa notícia agora é que o resultado positivo deste trabalho poderá crescer ainda mais a partir de 2013, graças a criação do Leito de Apoio à Vida. Em consonância com as ações do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde, por meio do MG Transplantes, o Hospital Márcio Cunha passa a destinar um leito da Unidade de Cuidados Intermediários, no 7º andar da Unidade I, para internação exclusiva de pacientes classificados como potenciais doadores de órgãos e tecidos para transplantes.
PROTOCOLO
Para isso, a CIHDOTT criou um protocolo específico para avaliar os pacientes que poderão ser encaminhados ao Leito de Apoio à Vida. Na avaliação médica, será preciso atender a um dos quatro critérios:
1 – Pacientes admitidos com quadro neurológico classificado como GLASGOW 3*;
2 – Pacientes internados ou transferidos de outros hospitais que evoluam para GLASGOW 3;
3 – Pacientes avaliados pela Clínica Neurológica (médico neurologista ou médico neurocirurgião) como muito grave, sem possibilidade de intervenção cirúrgica e com grande probabilidade de evoluir para morte encefálica;
4 – Para além dos itens acima, podem ainda ser encaminhados para este leito pacientes com o parecer favorável do coordenador da CIHDOTT ou de outro médico que esteja conduzindo o processo de diagnóstico de morte encefálica.
RINS
Com a criação deste leito, o HMC reforça o seu compromisso com a captação de órgãos e o com serviço de transplante renal que atende a todo o Leste de Minas Gerais, em sintonia com as ações do Ministério da Saúde. O Leito de Apoio à Vida passa a ficar bloqueado 24 horas por dia para outros fins, à espera apenas de pacientes classificados como potenciais doadores de órgãos e tecidos para transplantes.
O Hospital Márcio Cunha realiza captação e transplante de rins e é o único centro responsável por este serviço no Leste do estado, atendendo a pacientes de Teófilo Otoni, Governador Valadares, Caratinga, Manhuaçu e todo o Vale do Aço. Em parceria com o MG Transplantes, o HMC também está apto para realizar a captação de outros órgãos, como fígado, pâncreas e córneas, que são encaminhados para outros centros transplantadores específicos de cada órgão, salvando vidas de pacientes em outros hospitais.
SEJA UM DOADOR
Doar um órgão é um gesto de solidariedade com quem precisa dele para viver e só acontece com o consentimento e a autorização da família do paciente. Por isso, para ser um doador de órgãos, basta comunicar em vida aos familiares sobre o interesse.
INVESTIMENTOS
Reforçando o compromisso que a Fundação São Francisco Xavier tem com a população da região leste, será realizada uma importante ampliação de 200m² na estrutura e capacidade do Centro de Terapia Renal Substitutiva do Hospital Márcio Cunha. Esse investimento se soma aos trabalhos técnico-científicos de qualidade já disponibilizados na área de nefrologia e ao serviço de transplante renal, que são destaque em todo país.
Atualmente o CTRS conta com 50 máquinas de hemodiálise e são realizadas, em média, 3.224 sessões de diálise por mês. Com os investimentos, serão adquiridas mais 20 máquinas, aumentando em 30% o número de sessões/mês.
Para saber mais
Glasgow é a escala médica de pontos usada para avaliar a consciência e a evolução das lesões cerebrais em um paciente, durante um exame clínico. O índice vai de 3 a 15 e avalia a abertura ocular, a resposta motora e a verbal. A menor somatória de pontos é 3, que se traduz em lesão gravíssima, quando o paciente já não apresenta resposta alguma por estar em coma ou ter morte cerebral.
