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Haddad admite erros do PT e diz que vai recuperar projeto com correções

SÃO PAULO (Reuters) – O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, voltou a admitir nesta segunda-feira erros cometidos pelos governos comandados pelo partido, e afirmou que vai recuperar o projeto petista com correções.

“Houve erros do PT, mas não vamos jogar a criança com a água do banho, vamos recuperar um projeto de inclusão, democrático, de desenvolvimento corrigindo os erros”, disse o presidenciável. “Mas jogar o projeto fora porque houve erros me parece um mau negócio”, acrescentou.

INVESTIMENTOS

Haddad disse ainda que, se eleito, atuará dentro das normas da Lei de Responsabilidade Fiscal e defendeu que é preciso retomar o investimento para que a arrecadação volte a crescer.

“Minha proposta é voltar às normas da Lei de Responsabilidade Fiscal, votada em 2000 e foi suficiente para cumprir as metas estabelecidas, fazer a dívida pública cair como caiu, depois houve um desarranjo disso no final de 2014, sobretudo em 2015, em função da queda de arrecadação, não em função do aumento da despesa”, afirmou Haddad.

“A saída para o Brasil é voltar a investir para a arrecadação voltar a crescer e a gente equilibrar com a reforma tributária e a reforma bancária”, acrescentou o candidato petista, citando as duas reformas que pretende encaminhar ao Congresso no início do governo.

PREVIDÊNCIA

Haddad também prometeu realizar num primeiro momento uma reforma da Previdência no setor público para que depois se crie um único regime geral.

“Nós temos que fazer uma reforma da Previdência pública para que num segundo momento a gente unifique o regime geral e os regimes próprios numa única regra que valha para todo mundo, sem privilégio para ninguém”, disse o ex-prefeito de São Paulo.

“Não haverá regime único sem fazer a reforma dos regimes próprios. É uma estratégia diferente da do governo Temer, busca os mesmos resultados, mas com uma estratégia diferente.”

ALIANÇAS

O candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, disse hoje (15) que pretende fazer um “grande arco de alianças” para evitar retrocessos democráticos. Segundo ele, há um clima de medo que tem dificultado o debate político. A avaliação foi feita durante entrevista coletiva em São Paulo pela manhã.

“Eu reputo que a ameaça é muito grande. O ‘bolsonarismo’ é uma ameaça concreta às instituições. Pelo Brasil democrático, eu estaria disposto a qualquer tipo de [gesto]. Eu faço gestos todo o dia.”

AMPLITUDE

Para o candidato, o caminho é o do diálogo. “Um governo nosso teria que ser um governo mais amplo do que nunca para garantir uma transição do atual estado de coisas para uma normalidade democrática em que as pessoas possam discutir com naturalidade as propostas”, disse. “Há muita violência, as pessoas que estão com medo de se manifestar. Os poucos que se manifestam recebem constrangimento imediato.”

 

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