Cidades

Greve dos transportadores afeta abastecimento em MG

DA REDAÇÃO – A greve dos transportadores de combustíveis ganhou mais força nesta quarta-feira (22). O movimento grevista, encabeçado pelo Sindicato da categoria em Minas Gerais (Sindtanque-MG), começou na última terça. Conforme a categoria a situação atual é de paralisação total, o que pode acarretar, nas próximas horas, um cenário de falta de combustíveis em diversas regiões do Estado.

De acordo com o Minaspetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais), desde o início da greve nenhum veículo realizou o carregamento de combustíveis nas bases distribuidoras próximas à Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim. As companhias que operam na região (Raízen/Shell, Ipiranga, ALE, entre outras) estariam sendo prejudicadas pela ação do Sindtanque, que impede caminhoneiros que não aderiram à greve a entrarem nos locais e fazer o abastecimento do veículo.

Para o presidente do Minaspetro Carlos Guimarães Junior, a prática é uma forma de intimidação, inclusive com ameaças de danos aos veículos que tentarem transpor a barreira criada pelos grevistas. “A grande maioria dos postos só tem reservas, de cada produto, para um dia, pois trabalham com um estoque muito rotativo. Muitos estabelecimentos no Estado já estão sem combustíveis”.

Como representante da categoria revendedora, o Minaspetro é apenas mais um elo na enorme cadeia de combustíveis. O papel do Sindicato, nesses casos, se resume a aguardar como a situação será resolvida entre as partes envolvidas no processo. “O Minaspetro espera um rápido desfecho para a questão, de forma que o consumidor não seja prejudicado”, ressalta Guimarães Jr.

Ainda conforme o presidente, o Minaspetro entende que não há a necessidade da população promover a prática conhecida como “corrida aos postos”, com o objetivo de abastecer os veículos. A situação poderia agravar ainda mais o cenário, já que os postos teriam que trabalhar com um volume acima do normal para cada estabelecimento.
Pelo menos três postos da capital e um do interior, de Conceição do Mato Dentro, já comunicaram ao Minaspetro a falta de combustível. Dois deles tiveram que paralisar suas atividades por total falta de combustível para ser comercializado.

REIVINDICAÇÕES
A greve é por tempo indeterminado, informou o Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG). De acordo com o diretor do Sindtanque-MG, José Geraldo, 150 caminhões estão parados em frente à Refinaria Gabriel Passos (Regap) e outros 100 estão dentro da empresa, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com o sindicato, a greve é um protesto contra o baixo valor do frete pago pelas distribuidoras, perda de serviço para o transporte por trem, alta carga de impostos e taxas, além dos altos custos dos insumos que incidem sobre o frete.

Entre as principais reivindicações dos tanqueiros estão o reajuste imediato do valor do frete, subsídio no óleo diesel; redução da carga tributária e do PIS/Cofins; recebimento da diária por hora parada e do vale-pedágio, incentivos para a modernização da frota e melhoria da malha rodoviária.

O presidente do Sindtanque, Irani Gomes, diz esperar o quanto antes uma resposta do governo. “Estamos tentando uma reunião com o governador Fernando Pimentel, e aguardando as distribuidoras para tratarmos das nossas reivindicações. Até que isso aconteça, a greve continua”, informou em comunicado enviado à imprensa.

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