Cidades

Greve de servidores paralisa setores da PMI

IPATINGA – Os servidores públicos de Ipatinga rejeitaram ontem a proposta de recomposição salarial feita pela Prefeitura de Ipatinga e vão manter a paralisação iniciada ontem. Durante o dia os trabalhadores realizaram um ato de protesto na Praça Três Poderes e ocuparam o hall da PMI convocando os demais servidores a aderirem ao movimento. Depois, fizeram a assembleia no plenário da Câmara Municipal, quando rejeitaram a proposta da Prefeitura que prevê um reajuste de 8,42%, divididos da seguinte forma: 2% a partir de dezembro, 1% em janeiro, 1% em fevereiro, 1% em março, 2,42% em abril e 1% em maio.

ADITAMENTO
Durante a assembleia os servidores aprovaram um aditamento ao documento encaminhado à Prefeitura no qual pretendem acrescentar alguns itens que não foram contemplados na pauta enviada pelo Sintserpi.
A contraproposta dos grevistas é pagamento dos 8,42% de reajuste, parcelado em 3 vezes (outubro, novembro e dezembro); planejamento do pagamento das férias atrasadas dos servidores (alguns estão com duas e até três férias acumuladas); direito a férias prêmio; e que o pagamento volte a ser feito no dia 30 de cada mês e não no 5º dia útil, como atualmente.

O servidor Marcelo Miranda, integrante do Comando de Greve, criticou ontem a postura de dirigentes do HMI e do SAMU que, segundo ele, estão assediando os trabalhadores e cerceando o direito de manifestação e de greve, ao ameaçá-los alegando a ilegalidade do movimento. Hoje, a partir das 7 horas, o movimento realiza manifestação silenciosa nas imediações da UPA, no bairro Canaã.

PREFEITURA

Em nota divulgada ontem, a Prefeitura de Ipatinga lamenta a decisão do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais – Sintserpi, de rejeitar a proposta salarial apresentada à categoria e definir pela continuidade da greve.
“No atual quadro de crise econômica, que atinge todos os municípios brasileiros, a Prefeitura reitera o compromisso de manter diálogo aberto e transparente com os servidores. O objetivo é buscar soluções pactuadas para garantir a valorização, a manutenção e a qualificação do serviço público prestado à população ipatinguense”, diz o comunicado oficial.

Ainda conforme a administração municipal, “a proposta apresentada pela Prefeitura aos servidores, de 8,42% de reajuste e a garantia da manutenção de benefícios, como o auxílio alimentação, representa o limite da capacidade financeira e fiscal do município, nesse cenário de desequilíbrio das receitas municipais”.
Finalmente, diz a nota: “A Prefeitura conta com a compreensão dos servidores e está empenhada em realizar todos os esforços necessários para assegurar a continuidade dos serviços públicos municipais, especialmente aqueles essenciais à população, como Hospital Municipal, UPA, Samu e Cemitérios”.

 


Em assembleia na Câmara de Ipatinga, a proposta da Prefeitura foi rejeitadaEm assembleia na Câmara de Ipatinga, a proposta da Prefeitura foi rejeitada

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