Nacionais

Governo pode agir com rigor para liberar rodovias

BRASÍLIA – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que os agentes da Polícia Rodoviária Federal liberem as rodovias interditadas por caminhoneiros que fazem paralisações desde anteontem (9). O ministro também anunciou que serão aplicadas multas aos manifestantes que fecharem as estradas.

“Nós determinamos que sejam multados todos aqueles que queiram fechar estradas. As multas são altas, de mais de R$ 1,9 mil, para que sejam aplicadas de pronto. E evidentemente no caso de interdição de estradas, nós já determinamos à Polícia Rodoviária Federal que atue através do efetivo necessário para que possamos desobstruir estradas e garantir que aqueles caminhoneiros que queiram trabalhar tenham a sua liberdade de ir e vir inteiramente assegurada”, disse Cardozo, em mensagem de áudio divulgada pelo Ministério da Justiça.

POLITIZAÇÃO

Segundo o ministro, o movimento é político e não apresentou uma pauta de reivindicações para ser negociada com o governo. “Não podemos admitir que um movimento político, sem nenhum viés de reivindicação para a categoria dos caminhoneiros, possa trazer prejuízo à sociedade brasileira, possa trazer, apesar de sua baixa intensidade, qualquer consequência e dano para quem quer que seja. Portanto, atuaremos com vigor para evitar que estradas possam ter obstado seu livre trânsito”, afirmou.

INTERDIÇÕES

De acordo com o último boletim da Polícia Rodoviária Federal, os caminhoneiros fazem 27 interdições em oito estados: Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.
Segundo o líder do Comando Nacional de Transporte, Ivar Luiz Schmidt, o movimento quer a saída da presidenta Dilma Rousseff da Presidência e conta com o apoio de grupos como o Movimento Brasil Livre e Revoltados Online. O líder dos caminhoneiros reclama ainda da falta de diálogo com o governo e da demora em dar início à negociação.

Dilma Rousseff diz que obstruir estradas é crime
RIO –
Ao visitar ontem, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, as obras da Linha 4 do Metrô, a presidenta Dilma Rousseff afirmou que o governo não vai tolerar prejuízos à economia por causa da paralisação dos caminhoneiros, iniciada anteontem (9) em alguns estados.
Dilma Rousseff afirmou que “interditar estradas, comprometer a economia popular, desabastecendo de alimentos ou de combustíveis, têm componentes de crimes já previstos. O que iremos impedir é qualquer prejuízo à economia popular, caracterizado pelo abastecimento de todo o país, às atividades econômicas e ao tráfego de combustível, que é essencial para vários setores. Isso não será permitido. Obstruir é crime. Afetar a economia popular é crime.”

RESPONSABILIDADE
A presidenta destacou que uma coisa tinha que ficar bastante clara. “Reivindicar é um direito de todo mundo. Há muito tempo, reivindicação no Brasil não é crime. Construímos a democracia para não ser crime. Agora, o Brasil é um país responsável.”
De acordo com a presidenta, as pessoas se manifestarem é algo legal, e faz bem ao país e à sociedade. “Então, todos nós somos obrigados a cumprir a lei, principalmente as pessoas que exercem a faculdade de fazer a lei ser cumprida.”

OBRAS

Acompanhada do governador Luiz Fernando Pezão, do prefeito do Rio, Eduardo Paes, e do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, a presidenta Dilma visitou a estação subterrânea do Jardim Oceânico e a Ponte Estaiada.
Conforme a presidenta, a obra representa o maior empreendimento de mobilidade urbana do Brasil e talvez da América Latina, pois leva em consideração requisitos ambientais, como teto verde, que contribuirá para redução da temperatura no interior das estações, e claraboia, que significa economia de energia.

Você também pode gostar

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com