Cidades

Governo do estado lança biografia coletiva e diagnóstico sobre as mulheres do campo

BH – O Governo de Minas, por meio da Fundação João Pinheiro (FJP) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda), com apoio da Secretaria de Estado de Educação (SEE), do Instituto René Rachou – Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade de York, lança nesta terça-feira (26), o livro Mulheres do Campo de Minas Gerais: trajetórias de vida, de luta e de trabalho com a terra e o Diagnóstico Quantitativo das Mulheres do Campo de Minas Gerais.O evento será realizado às 18h30, no Auditório do Campus Brasil da Fundação João Pinheiro (Avenida Brasil, 674 – Santa Efigênia – Belo Horizonte).

Biografia coletiva de 12 mulheres, organizada pela pesquisadora Marina Amorim, da Fundação João Pinheiro, o livro conta com dois anexos: uma coletânea de 12 livretos voltados para a educação infantil, que serão distribuídos pela SEE nas escolas rurais do estado, e a série especial Mulheres do Campo, do programa Mulhere-se, da Rede Minas, com oito episódios.

Já o diagnóstico, realizado pela pesquisadora Ana Paula Salej, também da FJP, por meio da recuperação de dados estatísticos e dos registros disponíveis sobre essas mulheres, irá fornecer subsídios para que gestores públicos direcionem esforços e recursos de forma coerente para a elaboração de políticas adequadas a esse segmento da população.

PROJETOS

Os produtos são resultado de dois projetos de pesquisa solicitados à Fundação João Pinheiro pela Seda, que surgiram a partir de uma série de demandas apresentadas, em 2015, pela Articulação de Mulheres do Campo de Minas Gerais ao governo estadual. Entre as principais reivindicações, destacou-se a necessidade de estudos que desvelassem a presença e a participação intensa das mulheres nas diferentes atividades econômicas do campo.

A demanda sublinhava ainda questões acerca do protagonismo dessas mulheres no que concerne à agricultura familiar e à agroecologia, destacando-as como um segmento específico no interior dos movimentos do campo e dos movimentos feministas que procuravam combater a exploração das trabalhadoras por meio do ecofeminismo.

Metodologia – Para a análise qualitativa, uma equipe de pesquisadoras da Fundação João Pinheiro realizou, entre outras atividades, visita a 12 comunidades rurais nos municípios de Belo Horizonte, Bom Despacho, Porteirinha, Santa Fé de Minas, Montes Claros, Itinga, Diamantina, Aimorés, Campo do Meio, Divino, Espera Feliz e Simonésia.

O diagnóstico quantitativo, de abrangência estadual, foi construído por meio de dados do Censo Agropecuário 2006, do Censo 2010 e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de dados de registro da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Agrário (antigo Ministério do Desenvolvimento Agrário).

DESDOBRAMENTO

O projeto Mulheres do Campo de Minas Gerais contou também com o apoio do Instituto René Rachou – Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade de York que, a partir dele, está desenvolvendo, em parceria com a Fundação João Pinheiro, o projeto Movimentos Sociais Femininos e a resposta à síndrome de Zika vírus e microcefalia no Brasil – Abordagem centrada na comunidade.

SÉRIE

O livro Mulheres do Campo de Minas Gerais: trajetórias de vida, de luta e de trabalho com a terra tornou-se o primeiro número da Série Sempre-Vivas, iniciativa do Grupo de Pesquisa Estado, Gênero e Diversidade (Egedi) da Fundação João Pinheiro (FJP), que já tem previstas as publicações de biografias coletivas de mulheres negras, de mulheres trans e de mulheres fardadas.

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