Cidades

Governo de Minas registra mais duas mortes por febre amarela

BH – O governo de Minas Gerais comunicou a morte de mais duas pessoas por febre amarela no estado. Um dos casos é de um paciente que estava internado em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, já considerado no levantamento anterior ao apresentado ontem, divulgado no dia 11.
O outro caso ocorreu no município de Goianá, próximo a Juiz de Fora. A confirmação teve como base testes feitos pela Fundação Ezequiel Dias. Com os novos registros, o estado já contabiliza 11 mortes, de um total de 46 casos confirmados, de julho do ano passado até agora.
No início deste mês, a Secretaria de Saúde de Minas Gerais afirmou que o cenário atual da febre amarela pode ser classificado como a maior epidemia da doença no país, acrescentando, que a cobertura vacinal no estado é de 81%, "índice muito superior ao mesmo período de 2017". A pasta decidiu reunir, a partir desta semana, dados atualizados em boletins semanais.
Na sua avaliação, essa sistematização é adequada por aliar exames laboratoriais a investigação de campo (investigação epidemiológica), feita pela própria secretaria, que inclui informações como a localidade do paciente infectado, o que auxilia no rastreamento de epizootias (morte de primatas) e facilita o planejamento de ações.

CONTÁGIO E VACINAÇÃO
Nas áreas silvestres, isto é, rurais ou de florestas, a febre amarela é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes. O vírus é transmitido por macacos dos gêneros Allouata (guariba), Cebus (macaco prego), Atelles e Callithrix. Outros mamíferos podem ser reservatórios, como alguns marsupiais e roedores. Após alguns dias contaminado, o mosquito do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, passa a ser capaz de infectar humanos.
A melhor forma de evitar a febre amarela é por meio da vacinação, que é oferecida durante todo o ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para zonas de risco, que incluem áreas próximas a rios e cachoeiras.

AÇÕES
Apesar da elevação da cobertura vacinal, ainda há mais de 3,6 milhões de pessoas que não se vacinaram em Minas Gerais. Entre as ações definidas para controlar a febre amarela nas áreas rurais e manter a incidência zero de febre amarela urbana, destacam-se as campanhas educativas sobre a necessidade de vacinação, ampliação dos horários de vacinação nas unidades de saúde, a vacinação casa a casa na zona rural dos municípios com casos confirmados ou com epizootias (morte de primatas) confirmadas para a febre amarela e o aumento no número de equipes de saúde nas regiões e também parceria entre as áreas de Atenção Primária e Vigilância em Saúde.
Segundo a diretora de Políticas de Atenção Primária à Saúde da SES-MG, Mayla Magalhães, essa parceria tem possibilitado a identificação das pessoas não vacinadas, checagem do cartão e atualização da vacina.
“Especificamente neste momento de enfrentamento da febre amarela, essas áreas disponibilizam o diagnóstico situacional que permite a localização da população que ainda não está vacinada. Os agentes comunitários de saúde têm papel importante na criação do vínculo e nas relações de confiança com a população, pois fazem parte da comunidade e estão diariamente na rotina do município”, diz.

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