Policia

Genro mata sogra com 17 facadas

(Fotos: Geraldo Irineu)

IPATINGA – Um problema familiar terminou com o assassinato de uma mulher de 52 anos a golpes de faca. A filha, de 24 anos, está internada com ferimentos graves no Hospital Márcio Cunha. O crime ocorreu na madrugada dessa terça-feira (14), na rua Máximo Rosa Gomes, no bairro Bom Jardim.

Segundo informações da Polícia Militar, Marlene Aparecida dos Santos, de 52 anos, e sua filha, Edna Aparecida dos Santos, que sofreu um corte no pescoço, foram vítimas de Emerson Sá do Vale, de 22 anos. O suspeito é genro de Marlene, que foi morta com 17 perfurações na região do tórax e do braço.

O comandante do 14º BPM, tenente-coronel Edvânio Carneiro, informou que até o fechamento desta edição, Emerson não havia sido encontrado pela guarnição. O comandante também adiantou que o suspeito já tem outras passagens pela polícia, entre elas por homicídio.

Sobre a motivação do crime, o comandante relata que ainda não se confirmaram os motivos que levaram o suspeito a matar de forma violenta a sogra e tentar contra a vida da esposa.

O CRIME
O assassinato ocorreu por volta das 2h10 da madrugada. Segundo informações da Polícia Militar, uma pessoa, que ainda não foi identificada, ligou para o 190 pedindo ajuda da Polícia, porque teria recebido uma ligação de número privado, de uma voz masculina, dizendo que dois homens teriam invadido sua casa, e que seu filho e nora estariam feridos e a sogra do seu filho estava morta.

Quando a polícia chegou ao local, Edna Aparecida estava com um ferimento no pescoço, mas não soube dizer quem foi o autor. A mãe da jovem, a doméstica Marlene Aparecida dos Santos, estava caída. As duas vítimas foram encaminhadas ao Hospital Márcio Cunha, porém, Marlene não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. De acordo com o médico, a mulher foi atingida com 17 facadas na região do tórax e braço.

A Polícia Civil esteve no local e apreendeu a faca utilizada no crime. Uma testemunha informou para polícia que momentos antes do crime ouviu discussões vindas da casa, além de barulho de objetos sendo quebrados e uma voz de homem.

Edna Aparecida contou à polícia que horas antes do crime, por volta das 18h30, o seu marido Emerson Sá do Vale buscou a filha do casal, de cinco anos, e a levou para algum lugar, que ela não soube dizer qual.

REVOLTA E TRISTEZA
A casa onde morava a vítima Marlene Aparecida dos Santos, junto com sua filha hospitalizada Edna dos Santos, o suspeito Emerson Sá e criança de cinco anos, filha do casal, amanheceu cercada de familiares e amigos, que pareciam ainda não acreditar na brutalidade do crime.

Uma vizinha, que preferiu não se identificar, disse que a família se mudou para o endereço há pouco mais de um mês.
A cozinheira Maria Alves Gomes, que é cunhada de Marlene, disse que ficou sabendo do crime na manhã desta terça-feira, quando sua sobrinha, a outra filha da vítima, ligou desesperada relatando os fatos. A cunhada diz que não ficou surpresa com a notícia, pois já esperava que essa tragédia pudesse acontecer.

Segundo a cunhada, a vítima era constantemente ameaçada pelo genro. “Ele era um homem tão ruim, que eu não aceitava ele entrar dentro da minha casa. Essas agressões contra a minha cunhada eram constantes, tanto que moro no Jardim Panorama e Marlene morava lá também e minha casa ficava uma rua depois da dela. Um dia vi pelo meu terraço um monte de viaturas indo em direção à casa de Marlene, quando fui saber era o Emerson que tinha agredido e tentado matá-la”, contou.

Maria diz ainda que Edna, apesar de saber que a família não aprovava a relação dela com Emerson e de ter presenciado várias vezes a mãe sendo ameaçada pelo marido, nada fez para tentar reverter a situação.
“Eles brigavam sempre por tudo. O Emerson tinha ciúmes de Edna com a mãe e com todos. Mesmo assim minha sobrinha vivia atrás dele. Agora ela perdeu o bem mais precioso dela, que é a mãe”, finalizou.

A outra filha da vítima, Gislene Aparecida Brum, confirmou a versão da tia e disse que o suspeito sempre agrediu a sua mãe. “Tenho certeza que foi meu cunhado que matou minha mãe. Ela vivia cheia de hematomas pelo corpo, na última briga ele até mesmo arrancou um dente dela. Os dois viviam se desentendendo e só moravam na casa, ele, minha irmã, minha mãe e minha sobrinha. Não tenho dúvidas”, acrescentou Gislene.

Até o fechamento desta edição, Edna Aparecida dos Santos continuava internada no Hospital Márcio Cunha em Ipatinga e o seu estado de saúde era estável.


A família havia se mudado há pouco para a casa na rua Máximo Rosa Gomes

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