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Gasoduto no Vale do Aço completa 2 anos e traz resultados para região

Consumo local já é maior que o de BH e representa 43% do mercado da Gasmig; principais indústrias e estabelecimentos próximos já aderiram ao gás natural    (Crédito: Divulgação Gasmig)


BH
– O Gasoduto do Vale do Aço, a rede de gás natural que vai de São Brás do Suaçui a Belo Oriente passando por 17 municípios mineiros, completou ontem (29) dois anos de operação. Em pouco tempo, a estrutura da Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) já estimulou o uso de gás natural nas principais indústrias da região e o mercado do Vale do Aço passou a superar, em termos de consumo, o mercado da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), com 43% da quantidade total distribuída pela companhia contra 37% da RMBH.
Diariamente, cerca de 1,3 milhão de metros cúbicos de gás natural passam pela rede de 331 quilômetros de extensão, que abastece indústrias no setor de aço, minério e celulose com o combustível, energeticamente mais competitivo e o menos poluente dentre os combustíveis fósseis.
A quantidade de metros cúbicos de gás natural fornecida diariamente pelo gasoduto Vale do Aço a 16 clientes equivale a todo o mercado da concessionária Gás Natural Fenosa, que possui mais de 36 mil clientes, dentre os quais 200 indústrias e milhares de residências no Sul do estado de São Paulo.
As empresas abastecidas pelo gasoduto do Vale do Aço respondem por 60% da pauta de exportação do Estado, fornecendo matéria prima para cadeias produtivas de segmentos de peso da economia nacional, como a indústria automotiva, de máquinas e equipamentos, de eletrodomésticos de linha branca e construção civil.

CLIENTES
Na ponta do gasoduto está a unidade industrial da Cenibra, onde a rede foi inaugurada, há dois anos, para permitir a substituição do óleo combustível pelo gás natural na operação dos fornos de cal e caldeiras para a produção de celulose, matéria prima do papel.
À época, a Cenibra investiu R$ 6 milhões na adaptação de seus equipamentos, de olho em benefícios ambientais e em ganhos logísticos. “A substituição trouxe benefícios para a região, levando em consideração a redução das emissões atmosféricas e do tráfego de caminhões na BR 381”, argumenta o Gerente de Fabricação da Cenibra, Leonardo Pimenta.
Após dois anos de desenvolvimento do mercado do Vale do Aço, a Gasmig continua captando novos clientes. Outro exemplo é a Vamtec, indústria de fabricação de insumos e refratários especiais destinados às usinas siderúrgicas, fundições e indústrias de ferro ligas, localizada em Timóteo, que começou a utilizar gás natural há dois meses.
A opção pelo energético em substituição ao gás liquefeito de petróleo (GLP) levou em consideração o preço e a logística. “Com o gás natural, estamos obtendo retorno significativo na redução de custo de operações, o que torna viáveis empreendimentos em que aquele é matéria prima determinante para o processo produtivo, o que é o nosso caso. Acrescentando que vemos no gás natural uma fonte segura e confiável”, opina o gerente de produção da Vamtec, Gúbio Rodrigues de Almeida.

NOVAS FRONTEIRAS
A rede já implantada no Vale do Aço irá atender a uma reivindicação histórica do município de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, que é contar com a infraestrutura de gás natural para a atração de indústrias que demandam uso intensivo de energia.
Estudos de viabilidade da Gasmig deram sinal verde para a instalação de unidades de compressão e descompressão de gás natural na região, tecnologia que permite comprimir o gás em cilindros para serem transportados por carretas até o cliente final. Esta tecnologia, chamada de Gás Natural Comprimido (GNC), é viável em distâncias de até 100 quilômetros da rede física, o que é o caso de Governador Valadares e Itabira, que irão receber o insumo trazido de Timóteo.


                                                   O gasoduto passa por 17 municípios mineiros

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