Policia

Garoto de 14 anos mata menor amigo da família

Policial observa a cena do crime no bairro Mangueiras: investigações preliminares apontam que assassinato foi premeditado; Matheus Neves (direita) foi executado com tiros nas costas e cabeça    (Crédito: Gizelle Ferreira)

 

FABRICIANO – Após 15 dias sem nenhum homicídio, Coronel Fabriciano registrou em 12 horas dois assassinatos, ambos no bairro Mangueiras. O primeiro ocorreu na noite de terça-feira (28), na rua Cruzeiro, por volta de 21h. O adolescente de 16 anos, Matheus Neves de Paula, foi executado a tiros nas costas e cabeça. Um dos ferimentos provocou perda de massa encefálica da vítima. Outros dois adolescentes foram acusados de terem cometido o delito.
Em intenso rastreamento pela rua Maringá, os militares avistaram um adolescente de 14 anos correndo com um revólver calibre 32 na cintura. A arma tinha cinco cartuchos deflagrados. Ao ser questionado, o menino disse que apenas estava guardando o revólver para o outro adolescente de 17 anos, vizinho da vítima. Este último disse que não tinha motivos para matar Matheus e negou ser dono da arma. “O menino que morreu eu até conheço, mas não tinha nenhuma ‘bronca’ com ele não. O pai dele é até colega do meu pai”, defendeu-se.
O pai do menor disse que o filho contou que estava vindo da casa da namorada quando foi abordado pelos policiais e confirmou que é conterrâneo do pai da vítima. “Eu e o pai dele nos conhecemos desde pequeno. Nunca tivemos desavenças nenhuma, não. Nunca vi nenhum comportamento estranho do meu filho e sempre o aconselhei a não se misturar. Eu acredito na inocência do meu filho. Mas, se ficar provado que ele fez alguma coisa, ele terá que pagar”, afirma o pai do adolescente de 17 anos.

CONFISSÃO
O garoto de 14 anos que havia negado o delito acabou confessando que matou Matheus e contou que dias antes ele e a vítima haviam brigado, sendo essa a motivação do crime. “Eu já briguei com ele na rua duas vezes. Ele ficava me dando murros e eu mandava parar e ele não parava, então, apelei”, conta o menino, acrescentando que comprou a arma do crime.
O menor, depois de ter assumido a autoria do homicídio, retirou toda a acusação que havia feito contra o seu colega, o outro adolescente de 17 anos, também apreendido. “Eu falei que ele estava comigo, mas era mentira. Eu estava sozinho. Quando vi o Matheus descer o morro eu fui atrás dele. Matei por raiva, porque ele me batia”, confessa.

ESPANTO
A mãe do menor que confessou o homicídio acompanhou a apreensão do filho e disse não acreditar que o menino tenha tido coragem de cometer um ato tão bárbaro. “Estou muito espantada, porque dentro de casa ele não é um menino agressivo, não me dá trabalho, nunca vi com droga e nunca relatou que alguém tenha brigado com ele. Quase morri quando o policial chegou à minha casa me contando isso”, disse a mulher, que afirmou ser amiga da família do menino que morreu. “A mãe dele é amiga minha. Já trabalhamos no mesmo lugar. Estou muito sentida com isso, sinceramente. A gente nunca espera isso de um filho da gente”, desabafa a mãe do menor assassino.

Mangueiras

Jovem pode ter sido morto por vingança
Fabriciano
– Doze horas depois do primeiro assassinato, outro homicídio foi registrado no mesmo bairro. Desta vez a vítima foi Tainã Gomes de Souza, 18 anos. Ele foi encontrado morto na esquina entre as ruas Democratas e Social. A vítima foi alvejada com vários tiros na cabeça e também teve perda de massa encefálica.
Para a polícia há fortes indícios de que Tainã tenha sido morto por vingança, já que foi apurado que ele e um dos menores apreendidos no homicídio da rua Cruzeiro foram vistos juntos. “O Tainã e esse menor apreendido pelo homicídio de ontem eram amigos, e eles foram vistos juntos antes do crime de ontem (terça). Um seguiu em uma direção e o Tainã em outro. Então, pode ser que algum indivíduo que tem relação com a vítima do homicídio de ontem viu os dois conversando”, explica o tenente Flávio.
A polícia apurou que Tainã tinha apenas uma passagem por uso de entorpecentes, sem histórico criminal que justifique o homicídio. “O que parece é que ele não tinha dívida com traficante. Não tem nenhuma motivação específica para o crime. Estamos tentando estabelecer uma possível relação entre os dois assassinatos”, disse o tenente ontem pela manhã.

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