IPATINGA – O vereador José Geraldo Andrade (PT do B) foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Andrade que é empresário e supostamente não precisava da devolução de recursos pagos aos funcionários do gabinete teria sido preso pelo motivo que os demais: formação de “caixinha”. Segundo as informações iniciais, Andrade foi preso na sede de sua empresa, no Distrito Industrial de Ipatinga.
A Câmara de Ipatinga inicia hoje o processo de abertura da Comissão Processante com o objetivo de avaliar a quebra de decoro parlamentar dos vereadores presos, o que pode culminar na cassação dos mandatos.
Além de Andrade, detido nesta quinta-feira (14), já se encontram presos na Penitenciária Dênio Moreira, os vereadores Wanderson Silva Gandra (PSC), Rogério Antônio Bento (PSL), Luiz Márcio Rocha Martins (PTC) e o chefe de gabinete do vereador Paulo Reis (PROS), Ivan Menezes Teixeira. Paulo Reis teve a prisão decretada, mas se encontra foragido da justiça.
As prisões efetuadas pelo Gaeco estão relacionadas ao pagamento de “caixinha” de funcionários aos vereadores. Em alguns casos, a situação extrapola para pagamentos por indicações a cargos públicos, como no caso de Paulo Reis, cujo assessor Ivan Menezes, teria mediado a contratação de uma médica na Prefeitura de Ipatinga, mediante o repasse de mil reais ao Gabinete.
As investigações foram iniciadas no fim do ano passado pelo promotor Fábio Finotti e as ações foram desencadeadas na semana passada.
A força-tarefa do Gaeco é composta pelos promotores de Justiça Bruno Schiavo, Francisco Ângelo, Matheus Beghini, pelo delegado de Polícia Civil, Gilmaro Alves, e um oficial da Polícia Militar.