O Gaeco desvendou um forte esquema de corrupção dentro AAPEC (Créditos: Gizelle Ferreira)
IPATINGA – Neste mês, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), formado pelo Ministério Público e as Polícias Militar e Civil, com sede em Ipatinga, completa dois anos de atuação. Neste período, o Gaeco desarticulou diversas organizações criminosas atuantes no Vale do Aço.
O grupo apresentou os seguintes resultados: prisão de 130 infratores envolvidos com as organizações criminosas investigadas; apreensão de 20 armas de fogo; aproximadamente 140 Kg de entorpecente; cerca de 340 mil reais, além de 46 veículos, celulares, computadores e outros materiais apreendidos que estavam de posse dessas organizações criminosas.
Também foram desvendados dois esquemas de roubos e um homicídio, ressaltando que o grupo impediu a concretização dos crimes.
OPERAÇÕES
O Gaeco realizou quatro operações em que grandes organizações criminosas foram desvendadas. A última é a que investiga o escândalo da Associação de Assistência às Pessoas com Câncer (AAPEC). O grupo investiga um grande esquema criminoso instalado na entidade com sede nos municípios de Ipatinga, Governador Valadares, Viçosa e Sete Lagoas.
O Procedimento Investigatório Criminal instaurado pelo Ministério Público apura a prática de apropriação indébita, estelionato, associação criminosa, organização criminosa, lavagem de dinheiro, peculato, crime contra a economia popular e delitos tributários, sob a modalidade de obtenção de ganhos ilícitos em detrimento do povo.
Segundo o MP, em Ipatinga a arrecadação mensal da AAPEC era de aproximadamente R$400 mil, e apenas 10% das doações eram destinadas aos pacientes com câncer. Até o momento, as investigações indicam que o rombo gerado pelos delitos supera a marca de R$ 1 milhão.