Policia

Funcionários da Dênio Moreira são presos por tráfico de celulares

Duas professoras que atuam na penitenciária também foram presas

Celulares apreendidos nas celas

 

IPABA – Três funcionários da Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho foram presos na manhã desta quarta-feira (2) acusados de tráfico de celulares, associação criminosa e corrupção passiva dentro da unidade prisional. A investigação da Polícia Civil durou cerca de três meses, após várias denúncias sobre o comportamento dos subordinados.
Entre os presos está o agente penitenciário Marco Aurélio Rosa e duas professoras que trabalham no presídio: Jolimara Rodrigues Givizies e Sônia Maria Duarte Maia. De acordo com o delegado que presidiu as investigações Célio Las Casas de Andrade, os funcionários estariam facilitando a entrada de celulares no presídio. “Eles cobravam um valor para cada celular que entrava, mas esta quantia ainda está sendo apurada. Eles também estão sendo investigados pelo crime de tráfico de drogas dentro da unidade”, disse o delegado.

PRISÕES
As prisões ocorreram por volta de 10:00h. Dois funcionários foram presos dentro da Dênio Moreira em horário de trabalho e outro em casa. Ainda conforme o delegado, eles estariam praticando os crimes há mais de três anos e as denúncias chegaram à polícia de diversas formas. Durante as prisões, onze celulares foram apreendidos dentro da Escola Estadual Dênio Moreira de Carvalho.
“Foram vários meios e provas para comprovar que eles estavam praticando os crimes. Pedimos então à Justiça a prisão preventiva dos acusados que foi imediatamente concedida pelo juiz Antônio Augusto Calaes. Como o Ceresp de Ipatinga está interditado, os presos serão levados para Belo Horizonte e ficarão à disposição da Subsecretaria de Administração Prisional”, finalizou o policial.

DENÚNCIA

A reportagem apurou que uma das denúncias que chegou ao conhecimento da PC foi feita pelo agente penitenciário Itamar Caetano de Araújo, também funcionário da Dênio Moreira que trabalha no serviço de inteligência.
Conforme o agente, o valor cobrado por cada celular que entrava na unidade variava de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil dependendo do modelo.
“Tem muitos anos que estou vendo esta prática criminosa dentro da penitenciária. Agora, para retirar todos os celulares que entraram devem demorar mais ou menos uns 3 meses no mínimo”, disse acrescentando que somente em 2014 apreendeu 278 celulares e neste ano mais de 100 aparelhos.

NO ÂNUS
Ainda de acordo com o agente Itamar, vários presos foram flagrados com telefones no ânus saindo de dentro da escola do presídio. Um deles ocorreu em 14 de novembro do ano passado. O detento estava saindo da escola com quatro celulares no ânus, que provavelmente teriam sido repassados pelas professoras.
“A intenção dele era levar os telefones para os blocos, mas já tínhamos denúncias e passamos o preso pelo detector de metais que emitia um sinal sonoro por várias vezes. Sem saída, ele acabou confessando, retirando os celulares do ânus e entregando-os”, finalizou.

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