Cidades

FSFX realiza na I Jornada Mineira de Nefrologia

IPATINGA – A Fundação São Francisco Xavier (FSFX) e o Hospital Márcio Cunha (HMC) realizam a I Jornada de Nefrologia do Vale do Aço, com apoio da Sociedade Mineira (SMN) e Associação Mineira (AMICEN) da especialidade, no dia 7 de abril. O evento é voltado para profissionais da saúde, da especialidade, estudantes de medicina e residentes, promovendo a atualização científica e troca de conhecimentos entre profissionais da área.
Serão 15 aulas no encontro, ministradas por nefrologistas de renome nacional, abordando temas que são tendência em nefrologia e transplante renal, visando novos conceitos terapêuticos voltados para a prática clínica. Daniel Calazans, responsável técnico pelo Centro de Terapia Renal Substitutiva (CTRS) do HMC e presidente da SMN, explica que o evento é uma oportunidade de aprendizado e networking entre os profissionais da área. “Um encontro entre especialistas de outras partes do país, estudantes e residentes é uma oportunidade para investir no capital intelectual da região do Vale do Aço”, explica.

CAPACITAÇÃO

“O objetivo é capacitar os profissionais para lidarem com a Doença Renal Crônica (DRC). Trata-se da perda progressiva da função dos dois rins. Quando os rins falham e a capacidade de funcionar cai abaixo de determinado nível, o que chamamos de insuficiência renal, as impurezas não são retiradas do sangue e afetam os órgãos do nosso corpo, como o coração, pulmões, músculos, estômago e cérebro. Isso pode se tornar uma ameaça à vida da pessoa e requer atenção urgente. A enfermidade atinge cerca de 10% da população mundial, na medida em que 10% dos brasileiros possuem algum grau de acometimento renal”,alerta Calazans.
Inicialmente, a DRC não tem sintomas. A pessoa pode perder 90% da função renal sem perceber. Por isto a prevenção e a detecção precoce são essenciais, pois permitem controlar o avanço da doença e a necessidade de tratamentos mais complexos. Exames de urina e de sangue como a creatinina podem detectar o início da doença. Segundo médico, a doença afeta principalmente portadores de hipertensão arterial (pressão alta) e diabetes. O risco é maior em pessoas mais idosas, mais propensas a essas complicações. Também devem ficar atentas pessoas com histórico familiar e que usam medicamentos sem prescrição medica como os anti-inflamatórios. Todas as pessoas no grupo de risco devem consultar num nefrologista periodicamente.

Dia Mundial do Rim 2018

No dia 8 de março, o HMC e a SMN celebraram o Dia Mundial do Rim, alertando para os cuidados da saúde da mulher. Foram realizados eventos para os beneficiários do Usifamilia e para a comunidade na Associação dos Portadores de Insuficiência Renal do Vale do Aço (Apirva). Além disso, durante todo o mês de março o Hospital Marcio Cunha esteve iluminado com as cores da campanha: azul e vermelho.
“Mais de 120 mil pessoas no país já se encontram na fase terminal da doença, necessitando de tratamento de diálise. Como na mesma data comemoramos o Dia Internacional da Mulher, queremos alertar esse público sobre as formas de prevenção, além de transformá-lo em multiplicador de informação junto à família e amigos”, comenta Daniel Calazans.
O médico também alerta que um dos principais obstáculos no tratamento é o diagnóstico tardio da doença. “Muitas vezes, o paciente tem seu primeiro contato com um nefrologista já no momento da admissão para a hemodiálise. É de fundamental importância prevenir e passar por uma avaliação com seu nefrologista”.


Tratamento na região

Para os pacientes com doença renal crônica terminal, existem três possibilidade terapêuticas: hemodiálise (filtragem do sangue por meio de uma máquina), Dialise peritoneal (filtragem do sangue utulizando a membrana do peritêneo) ou o transplante renal. No CTRS do Hospital Marcio Cunha temos um moderno centro de nefrologia onde todas as modalidade são ofertadas à população.
A qualidade do serviço o torna referência para mais de 840 mil habitantes nas últimas décadas. “Atualmente realizamos mais de 61 mil sessões de Hemodialise por ano e somos referência em todo estado e leste mineiro”, celebra Daniel. A Unidade de Trasnplante Renal já realizou mais de 460 procedimentos.
Investimentos da FSFX, mantenedora do hospital, na expansão da infraestrutura e na capacitação de uma equipe multidisciplinar credenciaram o HMC junto ao Ministério da Saúde como centro credenciado para captação de rins, em 1987, e transplantes renais, em 1992, ano da realização no primeiro paciente. Na década seguinte, com a inauguração do CTRS e, em 2006, com a referencialização do hospital pelo SUS como Centro Transplantador da Regional Leste, o hospital tornou-se referência também em transplantes renais para pacientes de Vale do Aço, Caratinga, Manhuaçu, Governador Valadares, Teófilo Otoni e Itaobim. Em 2017, o Centro de Terapia Renal Substitutiva passou por melhorias no espaço e nos atendimentos, ganhou 31 novas máquinas de hemodiálise, passando a operar com 74 equipamentos.

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