Cidades

FIEMG articula inserção do Vale do Aço na maior plataforma logística do Sudeste

Otimista, presidente da Petrocity Portos acredita que estenderá a ferrovia até o Vale do Aço via Unidades de Transbordo e Armazenagem de Cargas – UTAC

IPATINGA – Com o intuito de incluir o Vale do Aço no projeto de construção da maior plataforma logística do Sudeste, a FIEMG Regional Vale do Aço promoveu uma reunião para apresentação do projeto ferroviário que ligará os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

Dois momentos foram criados pela entidade para apresentação do projeto. Primeiro, José Roberto da Silva, presidente da Petrocity Portos, reuniu com o presidente da FIEMG, Flaviano Gaggiato, o deputado federal, Enéias Reis e os diretores das empresas âncoras (Aperam, Arcelor Mittal Monlevade, Cenibra, Usiminas e Usiminas Mecânica). Depois, foi a vez dos membros da Agenda de Convergência do Vale do Aço (ACVA) conhecerem o investimento previsto para 2020.

COMPLEXO

Segundo José Roberto, esse é um dos maiores e mais importantes projetos logísticos do país. O projeto prevê a ligação do complexo portuário de São Mateus a Sete Lagoas, numa extensão de 560 km. Ao longo de seu curso, a ferrovia terá Unidades de Transbordo e Armazenagem de Cargas (UTACs) em Barra de São Francisco, Governador Valadares, Santa Maria de Itabira, Confins (para mercadorias de alto valor agregado) e em Sete Lagoas. A primeira etapa da ferrovia será de São Mateus a Governador Valadares, com extensão de 260km.

INCLUSÃO

Gaggiato e demais lideranças reivindicam a inclusão do Vale do Aço no projeto para suprir um dos principais gargalos, a logística. “Se conseguirmos uma UTAC – Unidade de Transbordo e Armazenamento de Cargas, beneficiaremos as indústrias e comércio da região, principalmente no escoamento de produção, importação e exportação de produtos”, justificou.

Para o líder empresarial, boa parte da capacidade das empresas é subutilizada em função do frete que encarece as vendas. “Essa alternativa de inclusão de uma UTAC na região propiciará, além de uma ferrovia moderna, com trens maiores e com alta velocidade, custos bem menores, que impactará no crescimento e competitividade das empresas”, reforçou.

Na oportunidade, Gaggiato agradeceu o empenho do deputado federal, Enéias Reis, que desde que tomou conhecimento do projeto, vem promovendo encontros com representantes da Petrocity e mostrado o potencial da região para receber esse novo modal de transportes.

INVESTIMENTO

De acordo com o presidente da Petrocity, o investimento previsto é da ordem de R$6,5bilhões na ferrovia, R$ 3,5 bilhões no porto e aproximadamente R$ 70 milhões por Unidade de Transbordo. As obras iniciam em 2020. “Nosso cronograma é de concluir o porto de São Mateus em 2023. Avançando com a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT e com o Ministério da Infraestrutura, ao que se refere a ferrovia, iniciaremos a construção até 2022, com o objetivo de concluir a primeira fase, na qual Ipatinga poderá ser contemplada, até 2025”, destacou.

ENCAMINHAMENTOS

Ficou acordado que o presidente da Petrocity Portos, fará um estudo de viabilidade econômica financeira baseado nos dados que serão repassados pela FIEMG, juntamente com as empresas âncoras e assim que finalizado, se positivamente, insirá os dados necessários no material, que se encontra em fase de análise no Ministério de Infraestrutura. “Estou bastante otimista com o que vi e ouvi, acredito que estenderemos essa ferrovia até o Vale do Aço”, concluiu José Roberto da Silva.

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