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Ex-tesoureiro do PT, Delúbio é suspeito de participação em empréstimo fraudulento

BRASÍLIA – O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, levado pela Polícia Federal para prestar depoimento, é suspeito de envolvimento em um empréstimo – investigado pela Operação Lava Jato – feito no Banco Schahin pelo pecuarista José Carlos Bumlai. O procurador do Ministério Público Federal Diogo Castro disse que a participação de Delúbio foi citada por três pessoas. “Delúbio Soares foi citado por José Carlos Bumlai, Salin Schain [do Banco Schahin] e Sandro Tordin [então presidente do banco] como a pessoa que representou os interesses do Partido dos Trabalhadores no Banco Schahin para a obtenção desse empréstimo fraudulento”, disse o procurador.

Segundo Castro, em cada uma das versões, Delúbio aparece com uma participação diferente, mas como alguém que estaria ciente do que estava sendo tratado. Segundo o procurador Diogo Castro, a ação de ontem (1º) com relação a Delúbio tem o objetivo de esclarecer o envolvimento do ex-tesoureiro do PT no caso. “São três pontos independentes, que indicam que ele participou da obtenção do empréstimo no banco Schahin”. Na entrevista coletiva, o procurador disse que o ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira teria sido a pessoa que procurou Marcos Valério para tratar de repasses.

NOVA FASE

Na 27ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira, foi preso o empresário Ronan Maria Pinto, dono do Diário do Grande ABC e da empresa Viação Expresso Santo André. Ele teria recebido, segundo o procurador Diogo Castro, R$ 6 milhões dos R$ 12 milhões obtidos em negócios que envolvem a Petrobras e o Banco Schahin. Há suspeitas de que parte deste dinheiro foi usada para que Ronan se tornasse controlador do jornal Diário do Grande ABC.

Os repasses tiveram como intermediários o pecuarista José Carlos Bumlai e o frigorífico Bertin, até chegar à empresa Expresso Santo André, de Ronan Pinto. Segundo o procurador, algumas das operações financeiras foram citadas pelo publicitário Marcos Valério em 2012, e puderam ser confirmadas a partir da quebra dos sigilos fiscais e bancários dos investigados.

CARBONO 14
A nova fase da Operação Lava Jato investiga a prática de crimes de extorsão, falsidade ideológica, fraude, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, segundo a PF. Cinquenta policiais estão envolvidos nesta operação.

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