A prevenção ainda é melhor maneira de evitar que as queimadas fujam ao controle
IPATINGA – Embora as poucas chuvas dos últimos dias possam amenizar os efeitos do período de estiagem, o Corpo de Bombeiros está em alerta. É que somente no período de 1º de julho a 9 de agosto deste ano, foram registradas 38 ocorrências de incêndios em vegetação em toda a região do Vale do Aço. O aumento deste tipo de registro é notado principalmente nesta época do ano quando a umidade relativa do ar costuma cair, chegando muitas vezes a 10% e facilitando o surgimento de queimadas.
O comandante do 1º Pelotão do Corpo de Bombeiros de Ipatinga, tenente Hoberdan, explica que nesta época do ano o fogo se propaga com mais facilidade. “Qualquer fogueira, uma queimada que um proprietário rural possa fazer, vai alastrar com mais facilidade por causa do clima. Alguns incêndios acreditamos que sejam criminosos. Esses a gente encaminha para a Polícia Civil investigar”, disse o tenente.
Exemplo do que o militar disse foi um incêndio registrado no último domingo no morro do C-3, no bairro Jardim Panorama. As chamas colocaram em risco várias moradias em torno da queimada. Os militares do Corpo de Bombeiros conseguiram conter as chamas antes que elas atingissem as residências.
APARATO
Sempre que os bombeiros recebem um chamado para combate de incêndio florestal eles usam inicialmente uma viatura de pequeno porte, com capacidade para quatro homens, para analisar a situação. O veículo é equipado com mangueiras, mochilas com água e equipamentos de segurança para os bombeiros poderem combater as chamas. O comandante explica que alguns casos são fáceis de resolver. “Quando nós verificamos que um incêndio é de grande proporção, existe neste período do ano o que a gente chama de força-tarefa com a Polícia Militar, Polícia Civil que se encontra na cidade Curvelo e lá tem helicópteros, aviões e militares à disposição só para o combate de incêndio florestal”, acrescenta.
Para o militar, o número de ocorrências registradas entre julho e agosto deste ano pode ser considerado alto, já que período de estiagem ainda está no início. “A gente só vai poder dizer se o número aumentou em relação ao ano passado ao final do período. A gente percebe que de ano em ano existe um aumento desses números, isto porque o clima está cada vez mais seco”, disse o tenente.
PREVENÇÃO
Para que a situação não fique fora de controle, o comandante diz que a melhor medida a ser tomada é a prevenção. “Toda vez que for realizar uma queimada, o fazendeiro precisa pedir uma autorização do Instituto Estadual de Floresta. E lá ele vai receber as orientações para realizar essa queimada com segurança sem o risco desse fogo se alastrar”, finaliza o bombeiro.
Para o Hoberdan, os números de incêndios
florestais são altos no início da estiagem
