Vida & Saúde

Esperança e fé: coadjuvantes no tratamento contra o câncer

Após o último ciclo de quimioterapia, paciente do HMVA afirma: “É preciso acreditar e confiar”

FABRICIANO – Fé é uma palavra que significa “confiança”, “crença” e “credibilidade”. A fé é um sentimento total de crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove sua veracidade.

O paciente precisa encontrar muita força para enfrentar um tratamento oncológico, que muitas vezes envolve um desgaste emocional além do físico. Durante esse processo, a fé pode ser o caminho para trazer mais qualidade de vida e melhores resultados.

EXEMPLO

Marcella Kfuri é um exemplo da importância da positividade frente ao tratamento contra o câncer. Diagnosticada em 2021, encontrou na fé e no apoio da família a força para enfrentar a batalha contra o linfoma não Hodgkin (LNH), um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada.

A descoberta foi após dores frequentes de garganta, cansaço e suor excessivo. “A notícia foi recebida com muita dificuldade, pois sempre tive medo de ter câncer e quando recebi o diagnóstico a minha ficha não caiu, não entendi na hora e depois entrei em desespero, pois achava que não daria conta”, relatou Marcella.

ESPERANÇA

Apesar da dificuldade no início, o sentimento de esperança, impulsionado pela fé e carinho das pessoas que estavam a sua volta, foi ganhando espaço durante o tratamento. Marcella passou a enfrentar aquele momento de uma maneira mais confiante.

A mãe, companheira de vida e de fé, apoiou com uma força inacreditável focada na sua cura. O pai e o marido receberam a tarefa de não deixar que o filho de três anos percebesse a gravidade da situação.

FAMÍLIA

A participação da família pode ter grande influência no tratamento e com a Marcella não foi diferente. Presente em todos os processos da batalha, os familiares desenvolveram uma função importante na missão de conversar, ouvir, estimular, apoiar e de estar sempre ali, mesmo quando ela estava impossibilitada de perceber.

Durante sua internação, Marcella ficou conhecida pela equipe do Hospital Metropolitano Vale do Aço pelo seu largo sorriso e bom humor contagiante. “As meninas da equipe da limpeza, da enfermagem e vários outros profissionais do hospital sempre passavam no meu quarto para me ver. Era sempre uma festa quando chegavam”, declarou.

EFEITOS COLATERAIS

Por algumas vezes ela enfrentou momentos de desânimo, abatida pelos efeitos colaterais da quimioterapia, porém a vontade de voltar para casa sempre foi mais forte. Nos desenhos, encontrou um hobby que ajudou a passar o tempo mais rápido, na simpatia e acolhimento da equipe um conforto para equilibrar a saudade de casa.

Após o sexto ciclo de quimioterapia Marcella recebeu alta hospitalar comemorada com uma festa surpresa (foto) realizada pelos funcionários do HMVA com quem teve mais contato e seus familiares. “Em primeiro lugar a minha fé e depois a minha família foram os pilares que me sustentaram o tempo todo. É muito difícil receber o diagnóstico e estar rodeada de pessoas boas foi fundamental no meu tratamento”, finalizou.

DADOS NACIONAIS

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 12.030 novos casos de linfoma não Hodgkin (6.580 em homens e 5.450 em mulheres). Esses valores correspondem a um risco estimado de 6,31 casos novos a cada 100 mil homens e 5,07 para cada 100 mil mulheres.

Como os linfomas não têm relação com fatores como alimentação ou prática de atividade física, não existe uma estratégia estabelecida para a prevenção desse tipo de câncer.

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