Cidades

Escolas de Coronel Fabriciano usam o teatro na alfabetização

FABRICIANO – A dramatização em sala de aula é um dos métodos utilizados pela Secretaria de Educação e Cultura da Prefeitura de Coronel Fabriciano para auxiliar a alfabetização de crianças no município. Nas escolas da rede municipal, atividades teatrais são exploradas como mecanismo de ensino. As atividades com o uso de recursos lúdicos incentivam a memorização dos clássicos literários e a criatividade.

Um dos projetos utiliza o livro “O Carteiro Chegou”. Desenvolvido com alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, o livro tem fragmentos dos contos de fadas tradicionais e possibilita trabalhar vários gêneros textuais com as diferentes idades escolares. “A história envolve personagens de vários contos de fadas como Cachinhos de Ouro, Três Porquinhos, Lobo Mau, entre outros”, explica a pedagoga Renata Queiroga.

Na Escola Municipal Argeu Brandão, no bairro Manoel Maia, as crianças de seis anos participam das atividades teatrais. A atividade começa com a professora interpretando uma história infantil já contada aos alunos. “Depois eles têm a oportunidade de escolher qual personagem eles querem ser e a história é contada novamente. Sempre faço questão de usar músicas, sejam elas tradicionais ou que inventamos, para que os alunos consigam memorizar a sequência das cenas”, explica a professora de Literatura, Jéssica da Silva Dias.

A Prefeitura, através da Secretaria de Educação e Cultura, investe na formação continuada dos professores para que eles desenvolvam, em sala de aula, atividades que contribuam para um aprendizado mais rápido dos alunos, como as atividades teatrais. A ampliação da Educação em Tempo Integral também permite que atividades extraturno enriqueçam o aprendizado escolar.

MÚSICA

A Escola Municipal Said Albeny faz parte de um dos 13 núcleos de Educação Integral que oferecem atividades teatrais e musicais aos estudantes. Atualmente, em toda rede, mais de quatro mil alunos são atendidos com aulas de canto coral, percussão, instrumentos de corda e de sopro, banda fanfarra e outros.

Em 2012, o município criou o Centro Municipal de Educação Musical, que funciona na Escola Pastor Antônio Rosa, no Amaro Lanari, e atende alunos das escolas municipais dos bairros Caladinho e Mangueiras, além de crianças da Educação Infantil. “Por meio deste espaço, buscamos ampliar as atividades musicais ofertadas nas escolas. Pretendemos criar uma orquestra infanto-juvenil com os alunos do Tempo Integral”, informa a secretária de Educação e Cultura, Glória Giudice.

Educação Integral é ampliada
A Educação em Tempo Integral tem mais de 4.300 estudantes matriculados em 13 núcleos. A Prefeitura de Coronel Fabriciano está trabalhando com a expectativa de ampliar o atendimento da Educação em Tempo Integral até o final deste ano. Com isso, 4.500 alunos serão atendidos.

As escolas em Tempo Integral oferecem acompanhamento pedagógico de letramento, matemática e ciências e oficinas de artesanato, educação musical, inglês, natação, judô, teatro, dança, informática, entre outras. Cada aluno recebe quatro refeições com cardápio balanceado, conforme Programa de Alimentação Escolar (PAE).


Projetos literários também incentivam o aprendizado
Fabriciano
– Alunos do 1º ao 5º ano da rede municipal de ensino de Coronel Fabriciano têm a literatura como uma grande aliada no processo de alfabetização. Vários projetos são desenvolvidos, mesmo com as crianças que ainda não sabem ler, para incentivar a leitura e a escrita. Dois ganham destaque: “Sacola Literária” e “Projeto Leitura”, que estão auxiliando na elaboração de um plano de ensino que será implantado pela Prefeitura de Coronel Fabriciano, por meio da Secretaria de Educação e Cultura, nas escolas municipais.

O “Sacola Literária” e o “Projeto Leitura” são experiências positivas que aceleram o aprendizado das crianças. O “Sacola Literária” é desenvolvido em sala de aula. Já o “Projeto Leitura” envolve a família do aluno e acontece dentro de casa. “Esses são apenas dois dos projetos que estamos desenvolvendo com nossas crianças. A literatura é uma importante companheira dos professores no processo de alfabetização e estudamos uma forma de padronizar o ensino e garantir mais qualidade aos nossos alunos”, explica a coordenadora pedagógico, Sara Bragança.

Plano

Além desses projetos, vários outros são desenvolvidos com as crianças. Todas as experiências estão sendo coletadas e em breve será redigido um plano de ensino que envolverá toda rede municipal. “Acreditamos que, ao padronizar o ensino, vamos levar para cada aluno o melhor das experiências vivenciadas em cada uma das escolas e melhorar o seu aprendizado. Esse curso de formação faz parte do processo que visa qualificar os professores responsáveis pelas diversas disciplinas ensinadas na rede municipal”, detalha a coordenadora.

A cada mês os professores de literatura se reúnem para dividir experiências e práticas que estão dando certo. “Tudo que é desenvolvido pelos educadores é exposto nessas reuniões. Em sala de aula, as crianças têm a oportunidade de trabalhar teatros de fantoche, dobraduras, colagem, poesia visual, bingos de sílabas, tudo isso de forma lúdica, envolvendo clássicos da literatura como Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos, João e Maria, entre outros”, acrescenta Sara Bragança.


O “Sacola Literária” e o “Projeto Leitura” são experiências positivas que aceleram o aprendizado das crianças

Tapete mágico e imaginação embalam projeto de estímulo

Um dos projetos que merece destaque é o “Sacola Literária”, que envolve crianças da Educação Infantil e que estudam até o 4º período do Ensino Fundamental. “É um momento muito aguardado pelos alunos. Usamos o que chamo de ‘tapete mágico’ e é nele que toda história se desenrola. Usamos materiais como TNT, bonecos feitos de E.V.A. e, principalmente, a imaginação das crianças durante o processo de contação das histórias”, revela a professora da Escola Municipal Dom Lelis Lara, Christian Kelly.

A cada semana, uma história é contada e a interação das crianças é crucial para que o projeto funcione de forma plena. “As crianças têm liberdade para questionar, inventar situações durante a contação de histórias e sugerir novos elementos. Incentivamos o aprendizado da historinha contada por eles, para que depois eles mesmos se sintam interessados em ler os livros”, acrescenta.

O “Projeto Leitura” começa na sala, mas se desenvolve em casa, com a ajuda dos pais dos alunos. A cada segunda-feira a professora sorteia um aluno que vai levar para casa uma mala contendo um caderno. Nele, o aluno deve escrever um fragmento de história. Durante a semana, a criança, junto com os pais, vai escrever uma história sobre um tema já pré-determinado e devolverá a mala na sexta-feira.

No caso de crianças que ainda não sabem ler ou escrever, elas devem contar a história para os pais e estes devem escrever no espaço definido. “Além de promover a participação dos pais, geramos neles uma vontade de participar mais ativamente da vida escolar dos filhos. Há um box no qual o pai deve deixar um recado dizendo como se sentiu ao participar junto com a criança da atividade”, explica a professora Christian Kelly.

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