(Crédito: Inter TV dos Vales)
IPATINGA – A Polícia Militar ainda procura por um adolescente de 16 anos, suspeito de assassinar na noite de segunda-feira (20), o padrasto, de 25 anos, na rua Aniz, no bairro Esperança.
Segundo informações da PM, Weliton Barbosa da Cruz, de 25 anos, foi executado com diversos disparos de arma de fogo, no sofá da sua casa. Ainda de acordo com os militares, o crime ocorreu após uma discussão entre o adolescente e a vítima.
A companheira de Weliton, a dona de casa Maria Jussara, conta que na noite do crime, eles estavam em uma festa de família em um bar na rua Trevo, no bairro Esperança, quando ela teve que voltar para casa, pois seu filho mais novo estava passando mal.
PENETRA
“Mesmo sem ser convidado, o Weliton apareceu na festa do meu sobrinho, e todos da minha família trataram ele bem. Por volta das 21:30h tive que ir para minha casa, pois a vizinha que estava olhando meu filho de 12 anos me ligou dizendo que ele estava com muita febre. Quando eu fui embora, o Weliton veio atrás, mas meu outro filho, de 16 anos, não queria que ele entrasse e nem permanecesse na casa. Em seguida eu só ouvi os disparos. Mas ninguém viu quem fez isso com ele (a vítima), ninguém pode afirmar que é meu filho”, defendeu Maria Jussara.
SEPARAÇÃO
A dona de casa foi casada com a vítima por sete anos. Ela conta que há 15 dias estava tentando se separar de Weliton, mas ele não aceitava o divórcio e não saía da casa.
“Ele alegava que ajudou a construir a minha casa, e que, portanto, tinha direito de morar ali. Eu estava tentando separar há alguns dias, mas ele não aceitava. Meu relacionamento com ele sempre foi difícil. Ele bebia muito e quando chegava em casa batia em mim e também no meu filho mais novo”, relata.
EM DEFESA DO FILHO
Maria Jussara contou à polícia que quando chegou à casa, o filho adolescente, de 16 anos, suspeito de ter cometido o crime, já havia pegado o garoto de 12 anos na casa da vizinha e levado para o quarto. Em seguida, ela foi para cozinha, quando ouviu os disparos de arma de fogo.
“Meu filho estava em casa na hora do crime, mas ninguém pode provar que foi ele quem cometeu o assassinato. Ninguém viu, eu não vi, não tem provas contra ele. Weliton tinha problemas com várias pessoas, ele devia um monte de gente, e toda vez que bebia ficava agressivo”, acusou.
A dona de casa relata que quando correu até a sala, ela encontrou o ex-marido sentado no sofá, já sem vida.
PERÍCIA
A polícia contou que vizinhos do casal disseram que a vítima e sua esposa brigavam constantemente, e já estavam separados há cerca de 20 dias. A vizinha, que não quis ser identificada, disse também que no momento dos disparos, ela correu até a porta de casa e viu o adolescente saindo do local do crime e fugindo a pé, em direção à rua Um, no bairro Esperança.
O Corpo de Bombeiros e a perícia da Polícia Civil estiveram no local e confirmaram a morte. O homem levou oito tiros, sendo cinco na cabeça, um no antebraço esquerdo, um na perna e um de raspão, no peito. A Polícia Civil informou que o adolescente procurado tem passagens pela polícia por uso de drogas e receptação. Até o fechamento desta edição o menor infrator ainda não havia sido localizado.
