Nacionais

Economia cresce 2,7% em 2011

Para o ministro, 2011 foi um ano positivo para a economia brasileira, principalmente porque a geração de emprego se manteve em um bom patamar

 

RIO DE JANEIRO – O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 2,7% em 2011 em relação ao ano anterior, totalizando R$ 4,143 trilhões. O dado foi divulgado ontem (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Abatida pelos efeitos da inflação alta e da crise externa, a economia registrou índice de crescimento menor do que a metade da expansão de 2010 (7,5%) e ficou bem abaixo das projeções apresentadas pelo governo (5%) e pelos economistas de mercado (4,5%) no início de 2011.
A expansão do PIB (Produto Interno Bruto) no quarto trimestre, ante o terceiro, foi de apenas 0,3%, uma recuperação modesta depois da estagnação registrada nos três meses anteriores. O IBGE revisou ontem o dado do terceiro trimestre para um recuo de 0,1%. Anteriormente, o dado era de estabilidade no período.
Sob a ótica da produção, o destaque do PIB em 2011 foi a agropecuária, que cresceu 3,9%. Os demais setores também apresentaram expansão: indústria (1,6%) e serviços (2,7%). Isso também ocorreu com o PIB sob a ótica da demanda, com crescimento no consumo das famílias (4,1%), no consumo do governo (1,9%) e na formação bruta de capital fixo, isto é, nos investimentos (4,7%).
Avaliando apenas o quarto trimestre de 2011, houve expansão de 0,3% em relação ao trimestre anterior e de 1,4% em relação ao último trimestre de 2010. Segundo o IBGE, o PIB de 2010 havia crescido 7,5%.

TRANSFORMAÇÃO

O crescimento da indústria da transformação, apenas 0,1%, em 2011, foi um dos principais responsáveis pela desaceleração da economia brasileira, que cresceu 2,7% no ano passado, depois de uma alta de 7,5% em 2010. Segundo o IBGE, o baixo crescimento desse segmento da indústria foi puxado pelas quedas na produção de setores como vestuário, metalurgia, automóveis e máquinas e material elétrico.
Segundo o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, a economia brasileira, como um todo, sentiu o impacto da crise econômica mundial. De acordo com ele, esse impacto foi sentido de forma mais intensa pela indústria da transformação.

Governo aposta em 4,5% para esse ano
Brasília
– Apesar de o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ter sido menor do que o esperado pelo governo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, manteve o tom otimista e já prevê, para 2012, um crescimento médio próximo a 4,5%.
“O importante é que começamos 2012 com a economia se aquecendo. Isso pode ser visto pelo desempenho de novembro e dezembro. Essa trajetória continuará no primeiro e no segundo semestre de 2012, e [o crescimento do PIB] será maior do que o do ano passado, atingindo o ápice no segundo semestre de 2012, quando a economia estará crescendo mais de 5%. A média deverá ficar entre 4% e 4,5%”, disse Mantega ontem (6), durante coletiva de imprensa.
Para o ministro, 2011 foi um ano positivo para a economia brasileira, principalmente porque a geração de emprego se manteve em um bom patamar. “Podemos concluir que foi um bom ano, embora o PIB não tinha apresentado um crescimento do tamanho que esperávamos. Apesar de o [índice de] 2,7% de crescimento não ter sido tão alto, o desempenho da economia foi satisfatório porque geramos mais de 2 milhões de empregos”, avaliou.
Mantega destacou que os números só não foram melhores porque o governo foi surpreendido pela dimensão da crise econômica internacional. “Não contávamos com o agravamento da crise no segundo semestre. Se ela não tivesse acontecido, nosso crescimento seria mais próximo dos 4% do que dos 3%”.

Você também pode gostar

PHP Code Snippets Powered By : XYZScripts.com