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Dilma sustenta redução no preço da conta de energia

O ministro Fernando Pimentel, o presidente da CNI Robson Braga, a presidente Dilma e o governador do DF Agnelo Queiroz participam da abertura do 7º Encontro Nacional da Indústria     (Crédito: Wilson Dias/ABr)


BRASÍLIA
– A presidenta Dilma Rousseff disse ontem (5), em evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que o governo federal manterá a diminuição das tarifas de energia elétrica no país. “Reduzir o preço da energia é uma decisão da qual o governo federal não recuará, apesar de lamentar profundamente a imensa falta de sensibilidade daqueles que não percebem a importância disso”, destacou no discurso.

A presidenta participou nesta quarta-feira do 7º Encontro Nacional da Indústria, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Ela explicou que a redução das tarifas elétricas é uma das ações mais importantes para a redução de capital, levando, consequentemente, à diminuição dos custos de investimentos e ao crescimento sustentável do país.

Segundo Dilma, o objetivo do governo era uma redução média no valor das tarifas de energia à população de 20,2%. No entanto, a diminuição deve ser inferior (até 16,7%) devido à recusa de algumas companhias de aderir à proposta do governo.

DECISÃO POLÍTICA

Os deputados Weliton Prado (PT-MG) e Fernando Marroni (PT-RS) afirmaram, nesta quarta-feira, a decisão das companhias estaduais geradoras de energia elétrica Cesp, Copel e Cemig, de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, respectivamente, de não renovar as concessões teve componente político, já que as três companhias são de estados governados pelo PSDB.

O ônus político de não aceitar a redução das tarifas de energia para os consumidores desses estados tem que recair sobre esses governadores, disse Marroni, na parte da manhã da audiência pública da Comissão de Defesa do Consumidor sobre a MP 579/12, que reduz o valor das contas de luz e traz as condições para a renovação das atuais concessões de energia.

Porém, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Flávio Neiva, as tarifas de energia propostas pelo governo, com a MP 579/12, são insuficientes para as empresas fazerem a gestão adequada da concessão.

O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), afirmou ter conversado com o também tucano governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre as decisões tomadas pelas estatais mineira e paulista de energia de não renovar os contratos de concessão das usinas geradoras, mas negou caráter político nas medidas.

A mineira Cemig, a paulista Cesp e a paranaense Copel, estatal de energia do Estado que é governado pelo também tucano Beto Richa, conversaram entre si antes de decidir sobre a não renovação dos contratos como desejava o governo federal, disse o governador mineiro.
“Não transformamos uma questão técnica em política. Tanto não é [uma decisão política] que nós [da Cemig] aderimos integralmente à renovação dos contratos da transmissão”, disse o mineiro.

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