Cidades

Delegado diz que outros vereadores são investigados

IPATINGA – O delegado Gilmaro Alves, um dos integrantes da força-tarefa do Gaeco, durante a coletiva desta sexta-feira falou sobre as diligências feitas durante a prisão do vereador Gilmarzinho, realizada em sua residência e enumerou que foram apreendidos medicamentos, sacolas de documentos que seriam incinerados, cheques, notas promissórias e telefones celulares. Em relação às investigações envolvendo outros vereadores na Câmara de Ipatinga ele foi taxativo em dizer que outros nomes estão sendo investigados. “As investigações continuam e envolvem outros nomes”, disse, evitando declinar os envolvidos para não prejudicar o andamento das investigações.

Gilmaro disse que parte dos documentos apreendida já foi analisada e devolvida e outra parte ainda está sendo analisada pelo Gaeco. “Ontem durante as buscas e apreensões, quando nossa equipe chegou à casa do vereador, ele estava retirando documentos do interior da residência dele, através de outra pessoa. Sacolas de documentos foram apreendidos, alguns já previamente analisados e devolvidos e outros ainda sob análise”, esclareceu.

AMEAÇA E OBSTRUÇÃO

Ele citou ainda que teve um caso de ameaça indireta de morte feita pelo vereador Gilmarzinho, que teria dito a um assessor que ele havia demorado quase 20 anos para chegar à Câmara Municipal sem conseguiu se eleger e se alguém mencionasse seu nome, ele não hesitaria em matar a pessoa. “Não falou quem ele mataria, mas disse que se mencionasse o nome dele, ele mataria. Um assessor nos reportou dessa forma expressa”, disse Gilmaro. Outros assessores foram procurados através da filha e do próprio vereador pedindo para que eles mentissem nos depoimentos ao Gaeco.

“Outro ponto é que ele tinha um misto nesse esquema de salários, não era só receber e repassar. Ele também trazia aquela metodologia do [ex-vereador] Luis Márcio . Obrigava os assessores a fazerem empréstimos no Sicoob e repassarem o dinheiro para ele e os assessores faziam o pagamento destes empréstimos. Ele tinha funcionários no gabinete, indicados em outros setores da própria Câmara e na Prefeitura, então ele, pegava de todos, para se ter uma idéia, até esse momento das investigações, ainda em fase inicial, 12 pessoas admitiram que faziam repasse pra ele, somando mais de R$ 300 mil”, contabilizou.

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