Policia

Daniel Cristiano diz que agressão a ex-camarada foi legítima defesa

O candidato do PCB Daniel Cristiano disse que não vai afastar nenhum de seus apoiadores na reta final de campanha (Créditos: Gizelle Ferreira)

IPATINGA
– O candidato a prefeito de Ipatinga Daniel Cristiano (PCB) confirmou em entrevista na tarde desta terça-feira (27) a agressão envolvendo um de seus correligionários contra um ex-militante do partido. O fato aconteceu na manhã de segunda (26) na portaria da Usiminas. Consta no boletim de ocorrência da PM que Elismar Cândido da Silva foi agredido com socos enquanto panfletava uma carta pública contra os atuais dirigentes do PCB.

Daniel Cristiano disse que não viu o momento da agressão, mas que o colega dele de partido Rair Anício contou que realmente agrediu Elismar em legítima defesa após ter levado um empurrão. Ainda de acordo com o candidato, antes do episódio ele e seus apoiadores estavam panfletando na portaria da Usiminas, quando dois rapazes chegaram com um material, que segundo ele, fere a imagem do PCB.

LEGÍTIMA DEFESA
“O Rair Anício me confidenciou que se aproximou do Elismar com as duas mãos para trás chamando atenção dele por causa do material que estava sendo distribuído. O Elismar teria empurrado o Anício com as duas mãos e ele revidou com um soco. O Rair me disse que foi uma atuação de legítima defesa”.

PROVOCAÇÕES

O candidato explicou que chegou à portaria da Usiminas por volta de 5h20 da manhã de segunda, e momentos depois apareceram dois rapazes que passaram a distribuir panfletos que denigrem a imagem do partido. “Então eu pedi que um candidato a vereador tirasse foto destes rapazes com os panfletos. Eles afrontaram os nossos camaradas e fui até eles e disse que os panfletos falam mal da minha pessoa e ferem a imagem do partido. Mas eles me afrontaram e disseram que iam panfletar até terminar o serviço deles”, explicou.

Ainda segundo Daniel, houve vários episódios de provocações contra ele e seus militantes e que por isso chegou a chamar diversas vezes a Polícia Militar, que somente compareceu ao local após Elismar ter sido agredido. “Quando eu ligava para a polícia, esses rapazes iam embora, mas depois retornavam. E em uma das vezes um deles tentou agredir com um soco um dos nossos apoiadores que estava filmando. Gerou uma confusão. Só que eu e outras pessoas conseguimos espantar qualquer tipo de briga, até então”, disse.

AMEAÇAS

O candidato alegou que em uma das vezes em que os jovens saíam e depois voltavam percebeu um volume na cintura de um deles e que ele e os militantes de partido foram ameaçados de morte. “Eles gritaram dizendo que “o nosso estava guardado”. Eu liguei de novo para a polícia dizendo que já havia tido tentativa de agressão, ameaça de morte e promessa de vingança. Depois chegou o Elismar com mais panfleto e eu fui conversar com ele e dizer que o material não é justo. Ele então começou a gritar me chamando de vagabundo e pilantra, e aí houve um tumulto gerando um empurra-empurra e eu não vi Elismar sendo atingido. Só vi quando ele estava gritando e sangrando. Neste momento eu retirei o meu pessoal do local”.

ROTINA

Questionado por qual motivo não recuou antes que os militantes e os opositores entrassem em conflito, Daniel disse que de forma nenhuma iria se retirar, já que estavam no local para fazer um trabalho rotineiro de campanha. “Foi uma sequência de provocações que terminou nesta situação. De forma nenhuma, nós iríamos nos retirar de lá, porque senão ia ficar parecendo que nós é que realmente estávamos provocando uma situação de baderna”, finalizou Daniel.
O candidato disse que não vai afastar nenhum de seus correligionários que foram acusados de agressão. Ele disse que os militantes são peças fundamentais na reta final da campanha.

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