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Do cárcere, Lula continua liderando as intenções de voto com 30%

SÃO PAULO – O ex-presidente Lula continua liderando as intenções de voto, com 30%, conforme pesquisa DataFolha. O deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) lidera a corrida presidencial com 17 por cento das intenções de votos quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não aparece na disputa, seguido pela ex-senadora Marina Silva (Rede), mas a maior fatia do eleitorado nesse cenário se diz sem candidato, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada neste domingo. Os que afirmam que vão votar em branco, nulo, em nenhum ou não sabem somam de 33 a 34 por cento quando Lula não está entre os candidatos, conforme o levantamento publicado pelo jornal.

No cenário que inclui o ex-presidente, o petista lidera com 30 por cento dos votos, seguido por Bolsonaro (17 por cento) e Marina (10 por cento). Neste cenário, os ‘sem candidato’ alcançam 21 por cento.

Lula está preso há dois meses, cumprindo pena pela condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá e deve ser impedido de disputar a eleição devido à Lei da Ficha Lima. O ex-presidente alega inocência.

CENÁRIOS

Nos cenários sem Lula, Marina varia de 14 a 15 por cento, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) oscila entre 10 e 11 por cento, o tucano Geraldo Alckmin tem 7 por cento e senador Alvaro Dias (Podemos) tem 4 por cento.

O pré-candidato que representa o governo na eleição, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), só chega a 1 por cento.

O Datafolha apontou também que a avaliação negativa do governo do presidente Michel Temer atingiu recorde histórico. Para 82 por cento dos brasileiros, o governo é considerado ruim ou péssimo.

Outro pré-candidato do chamado campo do centro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), oscila entre 1 e 2 por cento.

INFLUÊNCIA DE LULA

Assim como Marina, o pedetista Ciro Gomes sobe no cenário sem Lula. Quando o ex-presidente está entre os candidatos, Ciro tem 6 por cento.

Considerados como plano B para a candidatura de Lula pelo PT, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador da Bahia Jaques Wagner aparecem com 1 por cento na pesquisa.

O Datafolha mostrou, contudo, que 30 por cento dos eleitores afirmaram que votariam ‘com certeza’ em um candidato indicado por Lula, enquanto 17 por cento responderam que fariam isso talvez.

Por outro lado, Lula tem a segunda maior rejeição entre os eleitores, com 36 por cento, ficando atrás apenas do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTC), com 39 por cento, e à frente de Bolsonaro, que tem 32 por cento. Em seguida, aparecem Alckmin, com 27 por cento Marina, com 24 por cento e Ciro, com 23 por cento.

O Datafolha ressalva que os resultados desta pesquisa não são perfeitamente comparáveis com os do levantamento anterior porque os cenários são diferentes.

Esta foi a primeira pesquisa do instituto depois da greve dos caminhoneiros e do anúncio do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa de que não iria disputar a eleição.

SEGUNDO TURNO

Nas simulações de segundo turno, a pesquisa mostra Lula à frente em todos os cenários que incluem o ex-presidente. Em um segundo turno com Bolsonaro, Lula tem 49 por cento, enquanto o candidato do PSL tem 32 por cento.

Lula alcança o mesmo percentual em uma disputa com Alckmin, que aparece com 27 por cento. Na disputa com Marina, o petista aparece com 46 por cento e a ex-ministra com 31 por cento.

Sem o ex-presidente na disputa, o número de eleitores que vão anular o voto, ou votar em branco ou em nenhum candidato chega a superar os que indicam preferência por algum nome, com esse percentual alcançando 40 por cento.

Marina vence em todos os cenário em que aparece sem Lula. No caso de uma disputa com Bolsonaro, ela tem 42 por cento, contra 32 por cento do deputado. Ela sustenta o mesmo percentual contra Alckmin, que alcança 27 por cento. Contra Ciro, ela soma 42 por cento ante 29 por cento do ex-ministro.

Os demais cenário apresentados pelo Datafolha sem o ex-presidente consideram no segundo turno Ciro (32 por cento) versus Alckmin (31 por cento); Bolsonaro (33 por cento) versus Alckmin (33 por cento); Alckmin (36 por cento) contra Haddad (20 por cento); Ciro (36 por cento) contra Bolsonaro (34 por cento); Bolsonaro (36 por cento) versus Haddad (27 por cento); Ciro (38 por cento) versus Haddad (19 por cento).

O instituto entrevistou 2.824 eleitores em 174 municípios nos dias 6 e 7. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

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