Policia

Crime repercute em todo o Brasil

(Da Redação) – O assassinato do repórter Rodrigo Neto repercutiu em toda a imprensa do Estado e também nacional. Logo na manhã desta sexta-feira (8) a página na internet do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte, já noticiava o ocorrido. Mais tarde, o Estado de Minas e também o jornal O Tempo deram destaque ao crime. Portais de classe, como o da Associação Brasileira de Imprensa, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, o Portal da Imprensa e o JusBrasil dedicaram espaço para falar da execução. “As autoridades devem assegurar uma investigação completa sobre o assassinato de Rodrigo Neto, particularmente por ele ter informado sobre corrupção policial”, disse Robert Mahoney, vice-diretor do ONG Comitê de Proteção aos Jornalistas, site que noticiou o assassinato do jornalista.

A morte de Rodrigo Neto também foi noticiada no site da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que reiterou: “A imprensa local pede que seu assassinato seja investigado e esclarecido com rapidez, empenho e dedicação”.
O crime também gerou comoção na internet. A página de Rodrigo Neto na rede social Facebook ficou repleta de mensagens de despedida de amigos, parentes e fãs que o ouviam diariamente na rádio Vanguarda, no programa “Plantão Policial”.

Políticos e entidades se manifestaram pelo crime. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais divulgou nota de repúdio relatando indignação pelo assassinato do radialista. O órgão pediu às autoridades competentes da área de segurança pública rapidez no processo de investigação e, consequentemente, o julgamento dos criminosos, o que evita assim que mais um atentado contra a liberdade de expressão em Minas Gerais fique impune.

A 72ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Ipatinga), por meio de sua diretoria, também divulgou comunicado em que afirmou lamentar profundamente o assassinato do jornalista, que também era bacharel em Direito. Também pediu empenho e rapidez na apuração dos fatos.

“Lamentavelmente somos obrigados a assistir, atônitos, outro grave homicídio registrado na região do Vale do Aço. Desta vez vitimando o radialista Rodrigo Neto, recém-formado em bacharel em Direito. Mais grave ainda, quando se sabe que os envolvidos no crime ainda não foram capturados. Ainda que não se sabe realmente o que ocorreu para esse trágico desfecho, as circunstâncias assemelham-se às de uma execução. Sempre que alguém é morto, os fatos precisam ser esclarecidos logo e tratados com total transparência, até para preservar a idoneidade do sistema de segurança pública. A OAB de Ipatinga exige providências rápidas, enérgicas e intransigentes, para que a família, a classe advocatícia e todos os cidadãos possam ver que o Estado tem se empenhado para coibir e solucionar esses crimes. É intolerável que aqui, onde vivemos, trabalhamos e educamos nossos filhos, tenhamos que conviver com ameaças e execuções a sangue-frio, entre outros vários crimes já registrados. Urge que os agentes de segurança pública venham a público expor à sociedade as medidas que estão sendo tomadas para a elucidação do controverso homicídio. Não podemos deixar que casos como este se tornem corriqueiros e fiquem impunes. A OAB de Ipatinga acompanhará amiúde o desenrolar das investigações”, diz a nota.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) emitiu apelo às autoridades do Estado de Minas Gerais para que investiguem o assassinato do repórter. Segundo a nota “causa perplexidade o fato de ser o terceiro profissional de comunicação assassinado no país neste ano, numa evidente afronta ao livre exercício do jornalismo e ao pleno direito da sociedade à informação”.

O governador do Estado, Antonio Anastasia (PSDB), também lamentou a morte de Rodrigo e garantiu que a Polícia Civil não vai medir esforços para desvendar a autoria do crime. “Neste momento, levo a solidariedade dos mineiros a todos os familiares, amigos e colegas de trabalho de Rodrigo”, afirmou.

O deputado federal e Secretário de Estado, Alexandre Silveira também manifestou consternação com o ocorrido: “quando uma voz compromissada com o jornalismo se cala, toda sociedade sai perdendo. Os valores democráticos são pautados principalmente pela liberdade de expressão. O repórter Rodrigo Neto deixa uma grande história na cidade em que escolheu para viver” disse, afirmando que irá acompanhar e exigir uma rigorosa apuração deste crime.

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, o deputado Durval Ângelo (PT), pediu rigor nas investigações. O parlamentar encaminhou ofício ao secretário de Defesa Social do Estado, Rômulo Ferraz, ao governador, Antônio Anastasia, ao chefe da Policia Civil e a corregedoria da Polícia Militar, solicitando providências e apuração rigorosa sobre o caso.

O crime também gerou repercussão na Câmara Municipal de Ipatinga, onde foi protocolada uma moção de Pesar, que será votada na próxima reunião ordinária do Legislativo. O trabalho de Neto já havia sido reconhecido na Câmara em 2010, quando ele recebeu na Casa, durante sessão solene, a Medalha de Mérito Legislativo. Em nota, o presidente do Legislativo, Ley do Trânsito (PSD) afirmou que “o ato de violência atinge toda a sociedade ipatinguense e a democracia brasileira”.

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