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“Crime do Lula para Lava Jato é ter sido presidente”, diz defesa

BRASÍLIA – Os advogados que defendem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua mulher, Marisa Letícia, repudiaram a denúncia feita ontem (14) por procuradores que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato. Em nota, os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira reafirmam que Lula e Marisa não são proprietários de um apartamento triplex situado em Guarujá, no litoral paulista. Segundo a defesa de Lula, o imóvel pertence à OAS.

Os procuradores sustentam que Lula recebeu vantagens indevidas das empresas envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras, entre as quais o triplex em Guarujá, que, segundo a denúncia, teve reforma e decoração pagas pela OAS. Conforme o Ministério Público Federal (MPF) , a OAS fez também contratos milionários para armazenamento de bens pessoais do ex-presidente, e essas vantagens, somadas, totalizariam mais de R$ 3,7 milhões.

“Para sustentar o impossível – a propriedade do apartamento 164-A, Edifício Solaris, em Guarujá – a força-tarefa da Lava Jato valeu-se de truque de ilusionismo, promovendo um reprovável espetáculo judicial-midiático. O fato real inquestionável é que Lula e dona Marisa não são proprietários do referido imóvel, que pertence à OAS”, afirma a nota dos advogados.

INCONSISTÊNCIA CRISTALINA
Os defensores do ex-presidente ressaltam que a denúncia dos procuradores é “baseada em peça jurídica de inconsistência cristalina” e afirmam que o MPF em Curitiba “elegeu Lula como ‘maestro de uma organização criminosa’, mas esqueceu-se do principal: a apresentação de provas dos crimes imputados”.
No entendimento dos advogados, a denúncia “ataca o Estado Democrático de Direito e a inteligência dos cidadãos brasileiros”, principalmente porque “não foi apresentado um único ato praticado por Lula, muito menos uma prova”.

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