Policia

‘Crime da Biquinha’: assassinos são presos

FABRICIANO – Já se encontram recolhidos no Presídio de Coronel Fabriciano os dois homens acusados de assassinarem um casal na trilha para caminhadas, conhecida como “Biquinha”, em 2011. O local do crime é uma área de preservação ambiental no Horto Cascudo, no bairro Belvedere.

Cleverson Elias do Nascimento, 29 anos e Anatólio Fernandes da Silva, 74 anos, foram presos pela Polícia Militar em suas residências na última terça-feira (31) em Fabriciano. Um mandado de prisão foi expedido pelo Poder Judiciário após eles serem condenados a 23 anos e quatro meses de prisão cada um. A sentença foi proferida na segunda-feira (30) pelo juiz Carlos Henrique Trindade Lourenço dos Santos.

Cleverson e Anatólio ganharam a liberdade em março de 2012, depois de ficarem seis meses presos. Os alvarás de soltura foram expedidos pela juíza na época Beatriz Vailante. A magistrada mandou soltar os réus por entender que houve excesso de prazo durante a fase se instrução, que é de 120 dias. Naquele ano, faltavam depoimentos importantes, inclusive de militares e policiais civis.

O CRIME
Embora o crime tenha traços de execução, a dupla é acusada de latrocínio (roubo seguido de morte da vítima). O metalúrgico José Carlos de Oliveira Froes, de 48 anos, o “Borrão”, e a promotora de vendas Márcia Barbosa Lima, 40 anos, foram executados em agosto de 2011 enquanto caminhavam na trilha. Os corpos foram encontrados com tiros na nuca e nus.

José Carlos era casado e morava no distrito de Melo Viana. Márcia era separada e morava no bairro Jacaraípe. À época, as investigações apontavam para crime passional, já que ventilou a informação de que a mulher seria amante de José Carlos. No entanto, a tese foi derrubada com a confissão de Cleverson. O réu contou que estava na companhia de Anatólio no local fazendo uso de drogas e que resolveram assaltar as vítimas. Dois celulares foram levados.

RECURSO

O advogado de Cleverson, Thiago Xavier de Souza, disse que foi pego de surpresa com a sentença e que não procede a argumentação do magistrado de que os réus precisavam ser presos devido à repercussão do fato. O defensor disse que irá recorrer da decisão.

“Pela jurisprudência do Tribunal de justiça de Minas Gerais (TJMG) não justifica prender um réu que responde em liberdade se ele não atrapalhou o andamento do processo, não descumpriu nenhuma medida que foi imposta e não apareceu fatos relevantes que justifique a prisão no momento. Vou pedir o Habeas Corpus pleiteando que o TJ estabeleça o direito ao réu de responder em liberdade. Entendo que o crime deve ser desclassificado para duplo homicídio e ser julgado no Tribunal do Júri”, disse.

O advogado de Anatólio, Rogério Pires Thomaz acompanhou o entendimento do outro defensor e disse que irá recorrer da sentença solicitando o Habeas Corpus do réu.

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