Cidades

CPI vai indiciar 11 pessoas, incluindo o prefeito Robson

O vereador Nilson Lucas afirmou que entre os crimes apurados consta formação de quadrilha

 

IPATINGA – O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga irregularidades no contrato da empresa Urbis com a Prefeitura de Ipatinga foi concluído na manhã de ontem (1º).
De acordo com o vereador Nilson Lucas (PMDB), também relator da comissão, pelo menos 11 pessoas foram acusadas de improbidade administrativa, emprego irregular de verbas e ainda formação de quadrilha.
O prefeito Robson Gomes (PPS) também foi responsabilizado por um rombo nos cofres públicos da ordem de R$ 23 milhões: R$ 9 milhões pagos à empresa capixaba e outros R$ 13 milhões referentes à multa emitida pela da Receita Federal contra o ente municipal.
Já o presidente do Urbis, Mateus Roberte Carias, foi indiciado por formação de quadrilha juntamente com outras pessoas que terão os nomes divulgados na tarde de hoje.
“Tivemos pouco tempo para fazer as investigações, mas conseguimos fazer um relatório técnico e com muitas irregularidades. O trabalho feito pela Urbis foi muito prejudicial e tememos que novos prejuízos possam vir a acontecer futuramente, porque os serviços prestados podem gerar novas multas”, explicou.

PAGAMENTO INDEVIDO
A empresa capixaba mantinha dois contratos com a Prefeitura de Ipatinga. No caso do contrato do Pasep, a CPI apurou que houve pagamento superfaturado à Urbis. A Administração pagou R$ 2,176 milhões. Mas a empresa deveria ter recebido apenas R$ 833 mil.
“Apuramos que o valor pago pelo Executivo à Urbis representou um percentual de 44,33%, quando o índice previsto no contrato era de apenas 18%. Por isso detectamos o superfaturamento”, explicou o parlamentar.
Outro grave problema detectado pela CPI foi a falta de 50 relatórios que deveriam ter sido emitidos pela empresa para justificar o recebimento dos R$ 9 milhões. Foram entregues apenas quatro desses documentos.

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