Lideranças comunitárias, lojistas e representantes da Polícia Militar e Civil se reuniram ontem para discutir medidas para retomar o projeto Olho Vivo
IPATINGA – Os presidente dos Conselhos de Segurança Pública (Consep) de várias Regionais do município, juntamente com representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Poder Judiciário e lojistas da área central se reuniram na Câmara Municipal ontem (7) para discutir ações concretas para o retorno do programa Olho Vivo.
A pedido das lideranças comunitárias, foram convocados os secretários municipais de Fazenda e Administração, que apesar de terem confirmado presença acabaram não comparecendo. Apenas o controlador do município José Carlos foi.
Ele informou que o custo mensal de manutenção das 43 câmeras de segurança e da Central de Monitoramento é de R$ 135 mil. Contudo, os presidentes dos Conseps não ficaram satisfeitos com as poucas informações prestadas pelo representante do prefeito Robson Gomes (PPS).
José Carlos justificou que foi convocado a comparecer à reunião de última hora, por isso não foi possível fazer um estudo da situação. “Não somos mensageiros do apocalipse. Estamos buscando alternativas para voltar com o programa”, discursou o controlador.
Na próxima quinta-feira (9), foi marcado um novo encontro entre a Fundação Guimarães Rosa e a empresa Reytel, ambas prestadoras de serviços do projeto Olho Vivo, para discutir a dívida do governo e possível solução para religar as câmeras.
ENCAMINHAMENTOS
O delegado regional Gilberto Simão orientou que a ata da reunião de ontem seja encaminhada ao governo estadual e a outras esferas da segurança pública para que os demais poderes tomem conhecimento da situação.
“O governo mineiro tem dado atenção especial à área da segurança pública, principalmente nas ações para redução dos crimes violentos. O Olho Vivo contribuiu para a redução de crimes, e mais ainda tem sido importante peça na elucidação de crimes e confecção de provas do material que é encaminhado à Justiça. Vamos buscar formas para viabilizar essa discussão junto com sociedade organizada”, falou.
O capitão César Freitas, presente ao encontro representando o 14° Batalhão da Polícia Militar, reforçou os apelos por medidas que viabilizem a retomada do programa Olho Vivo.
Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (14). A intenção é que haja um financiamento privado para ajudar a custear as despesas mensais do Olho Vivo.
REPÚDIO
Com um discurso acalorado Gerson Paulino, presidente do Consep 1, repudiou a ausência dos secretários de Fazenda e Administração. “Os secretários mostraram que não tiveram respeito com a população que paga os salários deles. Foi uma atitude digna de repúdio. Eles devem achar que têm o rei na barriga”, criticou.
