Cidades

Coletivo Mulheres que Lutam faz intervenções em Ipatinga no 8 M

No dia de luta das mulheres de 2021, o grupo “Mulheres que lutam” preparou algumas intervenções, na praça Três Poderes, para rememorar a data. A maioria das manifestações se dará virtualmente, já que não pode haver aglomerações nas ruas.

Um varal com peças de roupas femininas, manchadas de vermelho, está armado na Praça, onde fica até o dia 18. A obra da artista Denise Maria, intitulada “O que fica?” lembra a violência física que afeta as mulheres cotidianamente. “Nós nos perguntamos: o que fica após a violência, após a denúncia? Muitas vezes a situação permanece, ou seja, as mulheres não conseguem romper o ciclo de violência a que são submetidas. Essa exposição é aberta e qualquer mulher pode trazer sua contribuição, acrescentar uma peça para expressar sua situação”, relata Denise.

Outra intervenção simbólica retratava duas mulheres, profissionais da saúde e da educação, amarradas com coleiras, puxadas por um homem que usava uma faixa presidencial, representando o poder político, que exclui as mulheres desses espaços. “Como era uma intervenção aberta, ao final as mulheres foram desamarradas e tiradas do domínio do homem e juntas saíram em marcha, na busca de um mundo sem violências e opressões às mulheres”, conta Natália Fonseca, integrante do Coletivo Mulheres que Lutam.

Além dessas atividades, há alguns out doors alusivos ao dia de luta das mulheres e outras serão feitas virtualmente durante todo o mês de março.

“Nós estamos enfrentando tempos difíceis, não podemos juntar nossas vozes nas ruas. Contudo, não podemos deixar de fazer essas atividades, que são de resistência e esperança. Somos muitas, vivenciando situações diversas e acreditamos que  o mais importante é levantarmos umas as outras e caminharmos juntas, lutando por uma sociedade mais igualitária”, conclui Cida Lima, que também compõe o Coletivo.

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