Vida & Saúde

Cobertura vacinal no Brasil está abaixo da recomendada pela OMS

Campanhas para vacinação contra gripe, covid e influenza ganham reforço e alertam para a cobertura no país que está abaixo de 95% do indicado pela OMS. Especialista explica a importância de manter atualizado o esquema vacinal.

IPATINGA – O Brasil sempre foi considerado um país com bons índices na imunização da população, especialmente com a erradicação de algumas doenças por meio de amplas campanhas de vacinação. No entanto, segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal de diferentes imunizantes vem registrando quedas nos últimos anos, ficando abaixo de 95% do índice recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Tal resultado alerta para a necessidade de conscientizar a população sobre a importância de manter o esquema vacinal atualizado, principalmente, com a chegada do outono, período em que é comum o crescimento no número de atendimentos relacionados aos sintomas gripais e respiratórios.

MELHOR PREVENÇÃO

A Dra. Paula Ohana, médica da Atenção Primária da Usisaúde, operadora de planos de saúde da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), destaca que a vacinação é a melhor forma de prevenir as doenças imunopreveníveis, que incluem o sarampo, a catapora, a gripe, a Covid-19, a tuberculose e a difteria, por exemplo. “As vacinas ativam as defesas naturais do organismo para que ele aprenda a combater infecções específicas, fortalecendo o sistema imunológico. Para as doenças classificadas como imunopreveníveis, a prevenção por meio das vacinas é a melhor forma de evitar o adoecimento e um crescimento exponencial dos casos. Além disso, é uma forma de prevenção coletiva, já que o paciente imunizado não transmite a doença para outras pessoas e reduz as chances de evoluir para quadros mais graves,” explica.

Nesse contexto, as campanhas de vacinação são uma importante ferramenta para a prevenção de doenças e a promoção da saúde da população. Desde fevereiro, o Ministério da Saúde tem incentivado os grupos prioritários a se vacinarem com o reforço bivalente contra a Covid-19 e, a partir de abril, inicia a vacinação contra a influenza para este mesmo grupo. Já em maio, será a vez da campanha de multivacinação contra a poliomielite e o sarampo. “Há mais de três décadas foi registrado o último caso de poliomelite no Brasil e isso só foi possível por meio das campanhas de vacinação e conscientização da sociedade sobre a importância das vacinas para saúde,” destaca Dra. Paula.

INDISPENSÁVEL

Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está recomendando que os municípios avancem para as próximas fases da imunização contra a Covid-19 com a vacina bivalente. De acordo com a Secretaria, já foram distribuídas 2 milhões de doses que imunizaram mais de 220 mil mineiros e mesmo aqueles que estão com doses em atraso, podem aproveitar a oportunidade para colocar em dia o esquema vacinal.

“A vacinação é indispensável para a saúde da população, principalmente, relacionada à Covid por prevenir as formas mais graves da doença e reduzir o número de internações nas unidades hospitalares. Para imunização completa e proteção adequada, a população deve priorizar também a vacinação contra a gripe, que começa em abril”, alerta o especialista.

GRIPE

Campanha de Vacinação contra a Gripe inicia em abril

A vacina contra a gripe oferecida pelo Ministério da Saúde é trivalente e protege contra três cepas do vírus Influenza A e B, já a oferecida pela rede particular é a tetravalente composta por dois subtipos de Influenza A e mais dois subtipos de Influenza B. A expectativa é que a partir de abril, a campanha nacional e as redes particulares iniciem o programa de imunização.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações, a vacinação contra a gripe é anual devido ao declínio da proteção após seis meses da imunização e a variação dos subtipos de influenza que circulam a cada ano. Além disso, segundo as orientações do Ministério da Saúde, a vacina contra Covid-19 e Influenza podem ser aplicadas juntas, com exceção para crianças com até 11 anos, que devem aguardar um intervalo de 15 dias entre as doses.

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