Nacionais

Chefes dos Três Poderes tem encontro “saia justa”

O ministro da Justiça Alexandre de Moraes, chamdo de "chefete de polícia" por Renan, o cumprimenta na solenidade

BRASÍLIA – Os chefes dos Três Poderes se reuniram nesta sexta-feira, num constrangedor encontro no Palácio do Itamaraty, a fim de discutir um pacto nacional para a segurança pública, na busca por soluções para os problemas deste setor. A expectativa é que, além de discutir os temas em pauta, o encontro servisse para amenizar o mal-estar entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, causado pela Operação Métis da Polícia Federal. Um mal-estar que se intensificou depois da decisão do ministro Teori Zavaski de cancelar da operação da PF no Senado e transferir o assunto para o Supremo, o que, de certa forma, desqualifica a ministra Cármem Lucia. Ela entrou em querela com Calheiros por ter chamado o juiz de 1ª instância de “juizeco”.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, e da Defesa, Raul Jungmann, também participaram.

ANGÚSTIA
De acordo com Temer, embora a segurança pública seja um tema de competência dos estados, será necessário que as autoridades dos Três Poderes juntem esforços para discuti-lo. Serão marcadas também reuniões entre governadores e secretários de segurança para dar continuidade às discussões. “A segurança pública é questão dos estados, mas é um tema, sem dúvida alguma, angustiante para todo o povo brasileiro. Daí porque nós todos temos que colaborar”, acrescentou.
“Acho que um ambiente de harmonia já está decretado, digamos assim, não vi nada que pudesse agredir aquilo que a Constituição determina e que os poderes, os chefes dos Poderes, têm falado com muita frequência. Aliás, a ministra Cármen Lúcia com muita frequência invoca a ideia da harmonia e da independência dos poderes. As questões que vão surgindo, elas vão se resolvendo pouco a pouco pelos instrumentos institucionais. Como estão sendo resolvidos. Não há desarmonia nenhuma”, comentou Temer.

DESCULPAS
Entretanto, durante o encontro a ministra Cármem Lucia manteve-se impávida e evitou olhar para Renan Calheiros, que na quinta-feira ao telefone, lhe pediu desculpas, elogiou seu trabalho à frente do Judiciário e disse que suas críticas devem ser vistas como uma defesa do Legislativo.

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