Cidades

Cecília Ferramenta recebe diploma de prefeita de Ipatinga

Cecília Ferramenta afirmou possuir dimensão dos problemas que serão enfrentados, mas garantiu não ter medo de trabalho      (Crédito: Juliano Ataíde)


IPATINGA
– Os eleitos no pleito de outubro de 2012 foram diplomados na noite desta terça-feira (18) na Câmara Municipal, em solenidade realizada pela Justiça Eleitoral de Ipatinga.
Foram entregues os diplomas à prefeita Cecília Ferramenta (PT), ao seu vice, Coronel Ramalho (PRB), aos 19 vereadores eleitos e também a outros nove suplentes, que ocupam vaga no Legislativo caso algum parlamentar se afaste do cargo.

A diplomação é uma solenidade em que a Justiça Eleitoral atesta que o candidato eleito está apto a tomar posse no cargo para o qual foi escolhido. A cerimônia deve acontecer em todos os municípios do território brasileiro e engloba todos os poderes.

Ontem, o encontro foi comandado pelo juiz da 131ª Zona Eleitoral, Nilson Ribeiro, e teve a presença de diversas autoridades do município como juízes, promotores e políticos como os ex-prefeitos Sebastião Quintão (PMDB) e Chico Ferramenta (PT), marido da futura prefeita.
O juiz Nilson Ribeiro destacou a importância da diplomação no processo eleitoral e disse que em Ipatinga houve uma das eleições mais tranquilas de todo o país. Foi pelas mãos do juiz que foram entregues os 30 diplomas aos eleitos.

PREVISÕES

Cecília Ferramenta discursou no plenário da Câmara e, de forma serena, falou que sabe dos desafios que terá à frente do Executivo ipatinguense. Ela, que é a primeira mulher a ocupar o cargo na cidade, comparou o documento que recebeu da justiça eleitoral ao diploma escolar, fazendo as devidas ressalvas: “este me foi dado pela faculdade do povo”, disse. Ela ainda falou que entre suas qualidades estão a coragem e a capacidade de encarar desafios. “Trabalho duro é comigo mesma”, discursou.

Em entrevista aos jornalistas presentes, ela afirmou que durante o processo de transição de Governo encontrou dificuldades para saber da real situação da cidade, mas pelo que pôde averiguar, a saúde é um problema gravíssimo. Ela contou que pretende tomar medidas sérias já nos primeiros dias de seu mandato para atenuar a situação do setor.
Cecília contou também que já existe uma forte interação entre ela e a presidenta Dilma Rousseff (PT), com quem se encontrou pessoalmente no início deste mês. Segundo a futura prefeita, as boas relações em Brasília podem render à cidade importantes ajudas durante seu mandato.

Cecília preferiu não adiantar sobre possíveis nomes para a composição de sua equipe de governo: “eu prefiro falar sobre isso no dia da posse, porque a gente ainda está formando esse grupo”, disse.
A posse da prefeita eleita, de seu vice e dos 19 vereadores da Ipatinga está marcada para o dia 1º de janeiro, às 18 horas, no Clube Ipaminas, no bairro Cidade Nobre.


A prefeita eleita e seu vice receberam o diploma das mãos dos juízes eleitorais

ROBSON
Um dos presentes à cerimônia foi o atual prefeito de Ipatinga Robson Gomes (PPS). Em tom de despedida, o prefeito fez questão de agradecer à imprensa regional, que segundo ele, contribui para importantes ações de seu mandato. Ele considerou o momento festivo para os que foram eleitos e afirmou desejar que Cecília Ferramenta faça um bom governo. Ele se colocou à disposição da eleita para qualquer contribuição.

Sobre o que pretendia fazer após o fim de seu mandato, Robson disse que planeja tirar férias, mas não por muito tempo: Falando em terceira pessoa ele disse: “Nós vamos descansar uma semana pra gente poder continuar a vida, a vida não para por aqui”.

Mesmo tendo feito um governo impopular em Ipatinga, as declarações de Robson não demonstram que ele está disposto a abandonar a vida política após o dia 31: “temos dois companheiros eleitos pelo partido, o Adiel (Oliveira) e o Jadson, e vamos estar contribuindo para que eles exerçam seus mandatos em sua plenitude”, afirmou.
Robson foi cumprimentado por todos os eleitos e compôs a mesa ao lado do juiz eleitoral e outros representantes do Judiciário.

LEGISLATIVO
As eleições deste ano trouxeram um aumento no número de vagas no Legislativo. Atualmente, 13 parlamentares ocupam cadeiras na Câmara, mas a partir de 2013 esse número subirá para 19. Desses, 11 são novos integrantes e oito foram reeleitos.

Nove suplentes foram diplomados. O juiz Nilson Ribeiro explicou que a Justiça Eleitoral diploma um número menor de suplentes por entender que não há possibilidade de que, durante os quatro anos de mandato, haja mais substituições. Se for necessário, uma nova cerimônia de diplomação é realizada.

Mais votado na cidade, Ley do Trânsito (PSD) fez questão de destacar que a diplomação representa para ele a concretização de um trabalho limpo ao longo da disputa eleitoral. Ley disse também que já existem conversas entre todos os vereadores sobre a futura presidência da Câmara, atualmente ocupada por Nardyello Rocha (PSD), mas não afirmou se será um dos candidatos.

Na Casa, as conversas sobre a presidência já acontecem nos bastidores. A bancada petista, maior entre os partidos, já possui pelo menos dois nomes fortes que buscam ocupar o cargo: o dos vereadores Saulo Manoel e Sebastião Guedes. No entanto, nenhum dos dois confirma oficialmente que disputará a eleição, que acontece no mesmo dia da posse dos eleitos. (André Almeida)


Vereador mais votado na cidade, Ley do Trânsito recebe seu diploma das mãos do juiz Nilson Ribeiro
(Crédito: André Almeida)

 

Única mulher eleita, Lene recebe diploma de “vereador”
Ipatinga
– A petista Lene Teixeira será a única mulher a ocupar cadeira no Legislativo ipatinguense em 2013. Ela recebeu o diploma das mãos do juiz eleitoral Nilson Ribeiro Gomes e falou sobre a sua expectativa a partir do ano que vem: “é muita responsabilidade, eu já exerci dois mandatos como vereadora e sempre procurei ser muito responsável”, avaliou. A eleita afirmou que fatores econômicos e condições impostas ao gênero são os maiores entraves para a ausência da mulher no meio político. “Não é fácil para nós mulheres entrararmos na disputa”, disse.
Ela aproveitou o assunto para contar que reclamou com o juiz eleitoral o fato de ter recebido um diploma de “vereador”, no masculino. “Eu sou uma vereadora”, disse.


Lene Teixeira será a única mulher a ocupar cadeira no Legislativo em 2013       (Crédito: André Almeida)

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